A Estação Primeira de Mangueira homenagear uma das torcedoras mais ilustres da escola: a cantora e compositora Alcione. Com o enredo A negra voz do amanhã, assinado pelos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, a escola mostra a história da “Marrom”, assim como sua relação com a música e a cultura do estado onde nasceu, o Maranhão. “Mangueira! De Neuma e Zica/ Dos versos de Hélio que honraram meu nome/ Levo a arte como dom/ Um brasil em tom marrom que herdei de Alcione/ Ela é Odara, deusa da canção/ Negra voz, orgulho da nação”, apresenta trecho do samba. A escola da Zona Norte do Rio, que conquistou o quinto lugar no desfile do ano passado, tem como intérpretes Marquinho Art’ Samba e Dowglas Diniz e os mestres de bateria Taranta Neto e Rodrigo Explosão.
A rainha de bateria Evelyn Bastos desfila pela décima primeira vez no posto. Já é uma veterana. Nascida e criada na comunidade da Zona Norte do Rio, ela possui uma ligação com a agremiação que vem de família. A avó paterna, por exemplo, desfilou durante anos como baiana da verde e rosa; enquanto a materna foi passista da escola. Já sua mãe, Valéria Bastos, reinou à frente dos ritmistas entre 1987 e 1989. Formada em Educação Física e História, também ocupa, desde 2022, a presidência da Mangueira do Amanhã. “Sou privilegiada de ter nascido no Morro da Mangueira porque morar dentro de uma favela que tem samba, que tem uma ancestralidade tão forte, é como se a cultua tivesse te escolhido para participar”, disse recentemente.