Na tarde de sábado, 14, Asa Branca deu entrada no pronto-socorro do Icesp, em São Paulo. O quadro de saúde do maior locutor de rodeios do Brasil se agravou. O câncer avançado na região da garganta e boca causou uma passagem, um rompimento, para fora do organismo. Nenhum líquido que ele ingere chega ao esôfago. As dores aumentaram.
O estágio atual se deu justamente em uma semana de alento. Na terça, 11, Asa Branca saiu de sua casa em Guarulhos para acompanhar o lançamento de um livro que conta a sua história de vida. Mesmo muito debilitado, com 58 quilos e dores insuportáveis mesmo sob doses de morfinas e outras drogas, ele conseguiu ir até a Livraria da Vila, onde foi realizado o evento. Fez fotos e recebeu carinho de fãs. Depois de meses internado e recluso, recebendo alguns amigos em casa, teve um momento de alegria.
Levando em conta o histórico de saúde do paciente, que é portador do vírus HIV e tem oito válvulas na cabeça em decorrência de uma criptococose contraída em 2013, os especialistas avaliaram que ele não aguentaria se submeter a sessões de quimioterapia nem muito menos a uma cirurgia.
Nos últimos dias, Asa mostrou-se mais conformado. Ele está sob cuidados paliativos. O estado atual não seria debelado por quimioterapia ou cirurgias. O locutor credita seu martírio de saúde como uma resposta divina por ter maltratado e incentivado os maus tratos em animais de rodeio.
Em reportagem publicada em outubro, VEJA acompanhou os dias sequenciais aos triste diagnóstico: uma junta médica constatou o retorno de um tumor em pontos da garganta e na base na boca.