Nascida em São Luis (MA), mas morando desde muito nova em Portugal, Joana de Verona, 34 anos, é cidadã do mundo. Emendando vários trabalhos entre Europa e Brasil, ela está no elenco de Mania de Você, trama das 9 da TV Globo. Nas primeiras semanas no ar, sua personagem, a portuguesa Firmina, se envolveu com Rudá (Nicolas Prattes). Depois, ele regressou ao Brasil e a abandonou por lá. Mas entre as reviravoltas previstas para a novela de João Emanuel Carneiro, Firmina volta para provocar mudanças no “quadrado amoroso” central. Convidada do programa semanal da coluna GENTE disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify, a atriz luso-brasileira fala de seu papel na novela, da paixão pelo cinema e pela dança, além de pontuar as diferenças culturais que nota em suas percepções pelo mundo. Assista.
PERSONAGEM NA NOVELA. “Filipa começou como uma pessoa luminosa, fisioterapeuta, cuidadora nata, alguém que sabe ler o outro, ajuda o próximo e é isso que ela faz com Rudá em Portugal. Eles se envolvem, têm uma relação de oito anos mais ou menos, existem saltos de tempo na novela, e depois ela conta que a mãe está doente, passando por uma fácil difícil, ele volta para o Brasil por conta do amor por Viola (Gabz). Filipa sofre um abandono, uma incompreensão. Aí ela vem também e as coisas acontecem, vem uma novidade em breve”.
MANIA DE VOCÊ. “Novela aberta tem essa loucura, que é diferente de se fazer um espetáculo de teatro, uma peça, um filme. De repente a novela vai tomando outros rumos, é quase uma cocriação com milhões de pessoas, tem muita coisa que a gente ainda não sabe… Posso dizer que ela vai impactar a vida do Rudá e de outros personagens”.
MUDANÇA COM O STREAMING. “Esse acontecimento vem de forma generalizada no mundo, mas no Brasil o impacto é maior, é mais sentido, porque, por exemplo, na França não se produz novela, não existe da forma como aqui. Em Portugal, as pessoas assistem à televisão, mas também não é como aqui. No Brasil, a relação do público com novelas é muito maior, tem mais audiência, faz mais parte da vida cotidiana das pessoas. Mas não é só o streaming que tem mexido com o mercado, agora é o tiktok. A TV perdeu público para o streaming, e o streaming está perdendo público para as redes sociais. Mas se sente isso também em outros países, o que não é necessariamente ruim, porque vai abrindo o leque de produções audiovisuais. Diversifica o que vai ser apresentado para o público, com linguagens diferentes”.
CHOQUES CULTURAIS. “Quando morei em Paris, se eu dissesse que era portuguesa, a reação era uma; se eu dissesse que era brasileira, a reação era outra. Português, eles não ligam, um país muito perto, são duas horas e meia de distância, e meio que tem essa coisa cultural de que seriam ‘empregados da França’. Na teoria é liberté, fraternité, égalité. Mas na prática rola muito preconceito. Já quanto a brasileiro, tem uma curiosidade, abertura por causa da música, da política também e dessa ideia de ser um país muito bonito, que os europeus querem vir. Além disso, o cinema brasileiro na França é muito forte”.
O programa é gravado diretamente do Casacor Rio, no shopping Fashion Mall, no espaço da arquiteta Ana Cano; produção de Patricia Def; e conta com captação de imagens de Adaga Midia Businness.