Um processo que envolve o ex-jogador Romário, Zagallo (1931-2024) e Zico se estende há anos na Justiça, com mais 2.000 mil páginas. Recentemente os herdeiros do ex-treinador recentemente falecido voltaram ao caso. Eles entraram com uma ação para reverter a prescrição e cobrar uma dívida de 832 mil reais de Romário. O processo em questão foi movido por Mário Jorge Lobo Zagallo e Arthur Antunes Coimbra, o Zico, contra Romário e o Café Onze Bar e Restaurante (Bar Gol), em 1998, condenados pela utilização de imagens dos dois na porta dos banheiros do bar de forma depreciativa.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu, em 2009, a favor de Zico e Zagallo e fixou uma indenização de danos morais, além de danos materiais, com o valor que eles receberiam pela utilização de sua imagem. Porém, na fase de execução da sentença, ou seja, de receber o dinheiro, os advogados de Zagallo ficaram quase cinco anos sem movimentar o processo e cobrar de Romário tal valor. Com isso a Justiça arquivou o processo e os advogados de Romário conseguiram a prescrição da dívida de 832 mil reais.
Agora, os advogados de Zagallo estão recorrendo no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), já que perderam nas duas primeiras instâncias, para reverter a prescrição e cobrar a dívida. No processo examinado pela coluna GENTE, o ministro Antonio Carlos Ferreira pediu ao inventariante Mário César, caçula do ex-treinador, e aos herdeiros, que se manifestassem sobre a ação antes de ir a julgamento. Eles se manifestaram e peticionaram que vão continuar com a ação. Já que Zagallo faleceu, se vencerem, os herdeiros recebem o valor integral. Caso não, Romário continua desobrigado de pagar. O outro citado no processo, Zico, recebeu o pagamento da indenização de Romário de maneira “não-oficial” – pedindo dinheiro emprestado ao ex-jogador e não pagando de volta.