Herdeiro de uma fábrica de pães que leva seu sobrenome, Gabriel Wickbold poderia ser o que quisesse na vida. Primeiro, montou um estúdio de música e tentou ganhar o próprio pão com uma banda. Não deu em nada. Seu destino mudou quando começou a fotografar pessoas com pegada pop, banhadas em tinta e glitter ou com animais. “Uma série de fotos foi colocada dentro de uma gaveta com grilos para que ficassem envelhecidas”, diz, referindo-se a um processo centenário. Wickbold é hoje um dos fotógrafos de arte mais badalados do Brasil, com retratos vendidos por 80 000 reais. Depois de mostras em Nova York, Londres e Dubai, ele lança uma exposição na Faap, em São Paulo, a partir desta semana. “Não tem segredo: fotografia é treino e repetição”, afirma.
Publicado em VEJA de 11 de março de 2020, edição nº 2677