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Debora Lamm: ‘O capitalismo se apropria do discurso das minorias’

Em peça no Rio, atriz fala sobre a hiper exposição particular e evita adentrar em detalhes do processo contra Marcius Melhem

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 nov 2023, 11h00

Confinados num jogo como uma espécie de reality show, quatro finalistas – uma mãe e seu filho, e outros dois personagens, irmãos entre si – são obrigados a cumprir desafios sob o comando de uma voz. Esse é um breve resumo da peça Meta, com direção de Debora Lamm, em cartaz no Rio de Janeiro até 12 de novembro. A atriz e diretora, de 45 anos, completou 26 anos de carreira com mais de 40 espetáculos e conversou com a coluna sobre os trabalhos e exposição da vida particular, após terminar uma relação de 13 anos com a Inez Viana, 58.

Meta fala de uma espécie de reality show, em que quatro finalistas competem entre si. Que questões estão em jogo? Não é sobre nenhum dos quatro participantes, o enfoque não está neles. Está muito mais numa situação de competição, é o avesso da empatia, palavra que está tão em voga hoje. Tem uma coisa onde só um ganha e a pessoa ao lado é vista como adversário, que você tem que eliminá-lo. Fala sobre meritocracia e, ao mesmo tempo, desse sistema capitalista onde um só vence, desse sistema de pirâmide que poucos chegam em algum lugar e o restante é encarado como adversário. Muitas vezes a gente vê como espetáculo da miséria humana.

Espetáculo em que sentido? Onde a gente vê o pior das relações. As pessoas são levadas a um extremo. Que fetiche é esse de nos vermos em situações tão limites? Fala até sobre as redes sociais, onde a exposição está totalmente em voga. Até que ponto a hiper exposição da vida particular é saudável?

Como atriz, você acha possível achar um meio termo? Tento usar a rede social de forma mais comedida. Minha vida particular não interessa a ninguém. A vida particular é uma coisa tão sem graça. O que interessa são as relações, a partir de você, né? Uso as redes para o meu trabalho, para debater algum tipo de pensamento.

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Há sempre uma disputa de narrativas bibliográficas. Sim, na peça, por exemplo, são quatro pessoas em uma disputa, tentando ver que história é mais interessante, quem se torna o preferido, o campeão. Mas o comando se apropria dessas narrativas e as esvazia completamente. O capitalismo se apropria do discurso das minorias, das militâncias e vai esvaziando completamente.

Como está a nova fase solteira, depois da relação de 13 anos com a Inez Viana? Estou trabalhando, né? Foco no trabalho. Dirigi agora o espetáculo Selvagem, fui com ele para Belém, já fomos para Lisboa… Estou em pré para o filme Perfeito Desconhecidos, com Sheron Menezes, Danton Mello e Fabrício Oliveira. E tem Cilada para estrear ano que vem. A minha frequência no teatro é constante. Não só como atriz, mas também no olhar da direção.

Voltaria a fazer novelas? Com certeza, tenho vontade de fazer tudo, amo estar em atividade. Tenho muita vontade de voltar a fazer, mas não só voltar a fazer, porque aquilo que nunca foi feito também é almejado. A gente percorre milhões de lugares dentro da profissão. Quanto mais puder percorrer, melhor. Já fiz tragédia, ao mesmo tempo fazia programa de humor, depois uma novela dramática…

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Sobre o processo movido contra Marcius Melhem, como vê o fato de que ainda hoje há pessoas que não acreditam no depoimento das vítimas?  Bom, acho que isso é um problema para além desse caso, é um problema grave da sociedade. Em relação a esse caso, não tem o que falar. Isso aí é entre ele e a Justiça. Não tenho o que falar realmente. Isso é sobre ele, mais ninguém.

Você sente que sofreu consequências na carreira por causa disso? Esse assunto não me interessa falar não me interessa mesmo. E como te disse, continuo fazendo mil coisas. Esse assunto não é para mim. É um problema que ele vai resolver com a Justiça, eu não tenho o que falar sobre isso.

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