Estreando no papel de protagonista, como a mocinha Luna de Fuzuê, nova novela das 7 da TV Globo, Giovana Cordeiro, 26 anos, tem pela frente o desafio de sustentar um triângulo amoroso formado por Nicolas Prattes e Marina Ruy Barbosa, que também estreia em sua primeira vilã. Em conversa com a coluna, a atriz fala das expectativas com o papel, como chegou na novela e habilidade para trabalhos artesanais.
Há apreensão por viver sua primeira protagonista? Tem o desafio prático do personagem com tanto volume de cena, como exige uma protagonista. Luna está envolvida em todas as tramas, passeia em todos os cenários e núcleos. Isso é interessante de acompanhar. Exige dedicação, disciplina e organização. Está sendo muito gostoso de descobrir.
Te assusta já ser reconhecida nas ruas? Fico feliz. Com minha experiência anterior, em Mar do Sertão, era muito carinhosa a forma que o público me recebeu. Se continuar sendo assim, é sinal de que as pessoas estão se identificando. E Luna tem um carisma que pode levar isso a acontecer.
Tem algo que já te incomodou quanto a este assédio? Não, o que me incomoda, sendo sincera, é quando vem homem que ultrapassa um limite, do toque no corpo ou da forma quando chega para pedir foto. Nesse lugar me incomodo e sempre pontuo. E como mulher, sei que não é por ser artista, é por ser mulher e estar num lugar de exibição. Fui aprendendo com o tempo a me colocar.
Já sofreu machismo? Toda mulher já passou por isso, de ter sua opinião invalidada… A gente vai aprendendo a lidar. Porque não dá para ir ao embate o tempo inteiro. Já fui nesse caminho e cansei, falei: ‘Não, peraê, vou ficar brigando com esses machos a vida inteira’. A gente vai mudando a estratégia.
A sua personagem vende biojoias que ela mesmo produz? Você tem esse lado prendado para trabalhos manuais? Sou muito curiosa para fazer o que quiser. Coloco a mão na massa mesmo, adoro trabalho artesanal. Já tive coleção de acessórios, sempre fiz e ajeitei minhas bijuterias. Testei coisas com arame para fazer para a novela. Fiz muito isso na minha casa, construindo móveis, pintando as paredes. Durante a pandemia fiz de tudo. O trabalho manual e artesanal empoderam, a gente fica meio Deus da realidade.
Como conseguiu este papel? Fui convidada para fazer um teste. O (autor) Gustavo Reiz me contou que escreveu a personagem e pensou em mim já na sinopse. Fico feliz com esse convite. É um grande atestado de confiança no trabalho. Quando me chamaram, entendi que daria conta.
Você é vaidosa? Amo acessório, meu namorado fala que tenho mania de brinco. Eu acordo e coloco brinco. Você nunca vai me ver sem brinco, nem na praia. Venho para a Globo com tudo: colar, pulseira, anel… Mesmo sabendo que vou tirar e colocar tudo da Luna.
Já acumula alguma história curiosa? Gravei o primeiro dia com Ary Fontoura. Aquela Giovana que passava a tarde assistindo a Chocolate com Pimenta gritou aqui dentro! Fico feliz e emocionada. Acompanhei Ary a vida inteira, ele com 50 novelas feitas, foi emocionante. E é um ator muito disponível na troca. Ele está no núcleo só de atores jovens e personagens artistas. Tem a mesma energia jovial que a gente, é muito bonito ver.
Substituir uma novela de sucesso, Vai na Fé, é mais um desafio? Não entro em campo para perder. Vou entrar pensando em ganhar, dar o melhor. Com ou sem Vai na Fé, a gente estaria entregando o mesmo trabalho, que é sempre o melhor. Entendo que as pessoas tenham expectativa, mas do lado de cá a energia é muito boa para que dê tudo certo.
A antagonista é Marina Ruy Barbosa. Como é a troca entre vocês? Acho que a troca é gostosa. Ela tem uma personagem muito bem composta e ela tem experiência. Trocar com gente com bagagem é sempre melhor. Estou hoje toda vestida da marca dela. A gente combinou.