Rosana Paulino, 57 anos, acaba de ganhar um perfil no jornal britânico The Guardian. A brasileira ganhou a primeira edição do Prêmio Munch, em Oslo, na Noruega, por sua obra antirracista que questiona o impacto social e de gênero nas memórias deixadas por quase quatro séculos de escravidão. Com a vitória no museu dedicado ao pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944), a artista ganhou 155 mil reais. A publicação exalta o fato de que Rosana, que celebrou seus 30 anos de carreira com a exposição Novas Raízes, na Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio, também compartilha sua arte em outros grandes centros culturais. Este ano, se tornou a primeira artista negra individual a ter uma exposição no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires (MALBA), sendo visitada por mais de 72 mil pessoas.
As obras já foram exibidas na Bienal de Veneza e em museus pela Alemanha, Estados Unidos e Itália. Em novembro, o High Line, de Nova York, vai exibir um mural de 9 metros de altura; e a Tate Modern, em Londres, já confirmou que está adquirindo suas peças. Rosana começou a seguir os rumos da arte desde nova e se tornou a primeira afro-brasileira a a obter um doutorado em artes visuais pela USP, além de ser especialista em gravura pelo London Print Studio.