Gabriela Medeiros, que se despede de Buba nesta sexta-feira, 6, conta como foi o processo de transição de gênero quando tinha dezoito anos. A atriz relembrou que a trajetória foi muito solitária, principalmente na infância. “A infância foi um lugar muito solitário, mesmo dentro do meu universo particular. Então, sempre digo que a arte me salvou. Ali, no meu mundo, eu sempre desenhava muito, gostava de pintar e já escrevia algumas coisas… Tive um momento bem introspectivo, muito pelas figuras que me cercavam”.
Buba também não obteve apoio de toda a família. Em princípio suas duas avós aceitavam sua orientação sexual, quando ainda não tinha iniciado o processo de afirmação de gênero. No entanto, não sabiam lidar com uma mulher trans. “Vovó Nalva acolheu aquela criança. Sobretudo, ela respeitou muito aquela criança nesse processo de infância. Minhas duas avós, na verdade. Nunca me senti reprimida, entende? Quando decidi passar pelo processo de transição de gênero, para ela (Nalva) foi muito difícil entender. Ela podia lidar com um menino gay, mas não com uma mulher trans”, acrescentou ela em entrevista ao Conversa com Bial.