Um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicado nesta quarta-feira, 9, detalhou a rotina dos funcionários resgatados de uma das fazendas do cantor Leonardo. Segundo o documento, o grupo foi encontrado após uma fiscalização no local, que relatou uma rotina de trabalho de dez horas diárias, sem descanso remunerado ou contrato. O sertanejo foi incluído na “lista suja” do ministério nesta segunda-feira, 7.
Os seis trabalhadores, dentre eles um de 17 anos, dormiam em uma casa abandonada há dois quilômetros da sede da Fazenda Lakanka em condições precárias, sem banheiros e camas empilhadas em tábuas de madeira. Além disso, os fiscais identificaram uma infestação de morcegos e fezes no local. Para tomar banho, os funcionários improvisaram um chuveiro com uma mangueira e a única água disponível vinha de um dos poços, que também não passaram por manutenção. Já as necessidades eram feitas ao ar livre.
De acordo com o documento, a jornada de trabalho começava às 7h e terminava às 17h, com uma hora de almoço. O salário era de 150 reais por dia, no entanto, não recebiam folgas – caso ficassem doentes ou não pudessem trabalhar, eles não recebiam remuneração. Nos domingos, quando o trabalho terminava meio-dia, eles eram remunerados com meia diária, ou seja, 75 reais. Os funcionários trabalhavam como catadores de raízes no terreno, limpando a área para futuras plantações, e foram contratados por Leonardo através dos gerentes da fazenda.