O jornalista Júlio Magalhães, 61 anos, da CNN Portugal, pediu afastamento voluntário das atividades de âncora de noticiários no canal em função de sua “indisponibilidade para se apresentar ao trabalho”, conforme comunicado da TVI, do grupo Media Capital. A saída acontece após a execução de um mandado de busca e apreensão em sua propriedade, como parte da Operação Maestro. A investigação é concentrada no nome de Manuel Serrão, presidente da Associação Selectiva Moda, que seria sócio de Magalhães.
O grupo ganhou o direito de aprovar projetos financiados pela União Europeia destinados a promover empresas por meio de eventos como feiras de moda, festivais de cinema e concursos de fotografia. Porém, 14 deles estão sob suspeita de fraude, com desvios de quase 40 milhões de euros. De acordo com a Polícia Judiciária de Portugal, o esquema era baseado na criação de estruturas empresariais complexas para justificar contratos financiados por fundos públicos, como parte do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI), entre 2015 e 2023. Júlio é personalidade conhecida na mídia portuguesa, com quase 40 anos em jornais, rádio e televisão, incluindo a estatal RTP, a rede de TV Porto Canal e a Rádio Observador.