Como sua primeira vilã em Fuzuê, novela das 19h da TV Globo que ainda tenta se firmar na audiência, Marina Ruy Barbosa diz que não teme ser xingada nas ruas. Pelo contrário, acostumada a grandes mocinhas, acredita que o público vem entendendo seu novo trabalho na TV. Aos 28 anos, ela coleciona não apenas boas personagens, como o alto faturamento nas campanhas publicitárias – é uma das atrizes mais requisitadas na publicidade quando está no ar. Em conversa com a coluna, Marina fala do desafio profissional e se esquiva de polêmicas pessoais.
O que te fez aceitar o convite de uma novela das 7? Acho que por ela ser essa vilã absurda e esse horário das 7 permitir que a gente se jogue de uma outra forma, não precisa se levar tão a sério. Isso dá um equilíbrio bacana, não só da vilania, mas da diversão. A novela foi me ganhando pelo todo.
Se inspirou em alguém? Não me inspirei em alguém específico, a personagem já vem bem rica de características próprias. O texto mesmo trouxe isso, ela tem bordões divertidos. As cenas já são marcantes para a personalidade dela.
O que você tem de Preciosa? Ela é uma mulher vaidosa e determinada, eu também sou. Mas a determinação dela vai além de princípios, são muito deturpados. Ela passa por cima de qualquer um. Eu trabalho de uma forma mais honesta. Nunca precisei tomar nenhuma atitude radical na vida.
Você e Felipe Simas contracenaram juntos em Totalmente demais, em 2016. Repetir o mesmo par romântico tem alguma vantagem? É completamente diferente, mas é muito bom estar com Felipe de novo. Já fizemos uma novela inteira juntos, no mesmo horário inclusive. E poder ter essa intimidade, confiança, parceria, dá mais confiança. Às vezes a gente se toca e fala ‘que surto essa cena’, a gente está se arriscando, se jogando. E é muito diferente.
Como você espera que o público reaja a sua primeira vilã? Espero que tenha um mix de sentimentos. Às vezes falo: ‘nossa, impossível, ela é um absurdo’. Mas às vezes penso: ‘até entendo ela aqui’. É uma personagem carismática.
Quando a sua vida pessoal é exposta vira um “fuzuê”? Sim! Ao mesmo tempo, já estou acostumada, trabalho com isso desde os nove anos, cresci dessa forma, nem sei como é viver sem isso. Vira um fuzuê para quem está em volta, que às vezes nem é desse meio.
Como as críticas te incomodam? Não mais me pegam, é normal. Sempre tem gente que gosta, que não gosta… Tem dias que a gente está mais sensível, é normal. Tem coisas que são muito pequenas perto do trabalho que a gente gosta de fazer. Fui aprendendo a não dar tanta importância.