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O paulista Marcelo Chierighini, 33 anos, mergulhou na piscina em Paris confiante de que poderia chegar ao fim da prova dos 100 metros livres com uma medalha olímpica, a primeira de sua carreira. Mas, logo na largada, deu tudo errado. Por um daqueles lapsos inexplicáveis, ele abriu a palma de uma das mãos ao entrar na água, o que freou sua velocidade numa corrida em que cada instante conta. “Foram 2 segundos que custaram meus quatro anos de preparo. Fui até o final pensando: como fiz uma coisa dessas?”, desabafa ele, sob o impacto do erro. Marcelo se diz exausto de tanta dedicação ao esporte e vem refletindo sobre como dar uma guinada na vida, bem longe do meio aquático. “Quero parar de vez e ajudar meu pai numa importadora no interior de São Paulo”, conta, ainda abalado.
Publicado em VEJA de 30 de agosto de 2024, edição nº 2908
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