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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O novo decorativo

Lula reduz a importância de Alckmin no novo governo

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 dez 2022, 14h21 - Publicado em 25 dez 2022, 14h18

Ao longo da campanha, Lula da Silva fez dos elogios ao seu vice Geraldo Alckmin a prova de que seu governo seria tão amplo quanto a rejeição a Bolsonaro. “Ele vai governar junto comigo”, “não terá papel secundário”, “não vai ser um vice que fica no banco esperando substituir”, “vai ser um vice ativo”, “vai me representar e fazer reunião em meu nome em todo lugar que for necessário” foram algumas das declarações públicas que Lula fez nos últimos meses.

Ciente do trauma petista com Michel Temer, Alckmin afirmou que Lula era o “maior líder popular da história” e fez o possível para atentar as desconfianças internas. “Minha lealdade será absoluta. Não há meia lealdade”, disse, logo depois da vitória. “Quem tem que estar na ribalta é o titular”.

O vice foi colocado como coordenador da equipe de transição mais para servir como um algodão entre as intrigas de Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante do que num exemplo de compartilhamento de poder. “Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador da transição para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque vai ser vice-presidente da República”, disse Lula ao nomeá-lo.

Na hora das decisões importantes, contudo, Lula não ouviu Alckmin na escolha de Fernando Haddad como ministro da Fazenda ou de Rui Costa para a Casa Civil. O desejo do vice-presidente eleito de trazer Pérsio Arida para o governo só foi em frente porque tinha o apoio de Haddad. Dos 37 ministérios, o vice tem o dedo na escolha de Márcio França (Portos & Aeroportos) e, possivelmente, Carlos Fávaro (Agricultura).

Na quinta-feira, 22, Lula nomeou Alckmin como ministro da Indústria e Comércio depois de receber três negativas: Josué Gomes da Silva, da Fiesp, Jackson Schneider, ex-Embraer, e Pedro Wongtschowski, da Ultra _ todos de alguma forma constrangidos por um ministério cujo principal ativo, o BNDES, já tem um dono que fala diretamente com o presidente. “Vou dar trabalho ao meu vice. O Alckmin sempre me pede mais trabalho. Fiquei pensando: se eu não der trabalho para este cara, ele vai me dar dor de cabeça”, disse Lula ao anunciar a indicação, meio na brincadeira, meio a sério. Alckmin virou ministro não porque terá poder, mas por WO.

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