A nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido foi batizada de B.1.1.7. Essa nova versão do vírus é 70% mais infecciosa, segundo as primeiras pesquisas, e obrigou o governo do Reino Unido a uma interdição rigorosa no sudeste de Londres, com quase todo o comércio fechado e os moradores proibidos de sair de casa. Dezenas de países já proibiram o desembarque de voos do Reino Unido. A França fechou o Eurotunel, impedindo o trânsito de caminhões. É provável que falte comida fresca no Reino Unidos nesta semana de Natal. Há um pânico na Europa de que essa nova variante desencadeie uma onda de mortes maior do que se viu até agora.
Pesquisas iniciais apontam que a nova mutação tem maior habilidade para entrar nas células humanas, o que aumenta seu poder de contágio. Mutações são normais em vírus. O da Covid já tem milhares de variantes, mas nenhuma tão poderosa. Entre 9 e 15 de dezembro, foram registrados novos 41.936 casos de Covid, 100% a mais que na semana anterior. Dois terços dos novos casos são desse vírus mutante. É assustador.
Não existem estudos ainda para afirmar se esta mutação é mais letal que a anterior ou se tem reações diferentes às vacinas. Isto ainda está sendo pesquisado. O que se aprendeu é a necessidade de represar a disseminação da nova cepa pelo mundo.
Não há indícios de que a B.1.1.7 seja uma homenagem a Bolsonaro 17. Mas é uma questão de tempo para que essa versão uberpower da Covid contamine brasileiros, já que o Ministério da Saúde bolsonarista não tomou nenhuma medida para impedir a chegada de viajantes.
Foi assim no começo da pandemia em março. A Europa e os EUA fecharam seus aeroportos, enquanto no Brasil os viajantes nem sequer recebiam um papel explicando o que deveriam fazer caso sentissem os sintomas de Covid. Depois foi o que vimos, com o governo Bolsonaro deixando mais de 180 mil pessoas morrerem e boicotando as pesquisas por vacina. O governo que nega a ciência terá um novo adversário.
O Brasil de B17 vai ser o paraíso do vírus B.1.1.7