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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

A direita perdeu o pulso das ruas

Ao defender a anistia a Bolsonaro e a PEC da Blindagem, oposição devolve discurso do nacionalismo e da anticorrupção para a esquerda

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 set 2025, 19h21

As manifestações deste domingo em 17 capitais contra a PEC da Blindagem e a anistia a Bolsonaro são um aviso para a oposição.  A direita perdeu a opinião pública, assim como já havia errado vergonhosamente ao não condenar as sanções de Donald Trump. São erros que podem custar 2026.

Não foi por falta de aviso. Ao longo da semana, no programa Estúdio i, da Globonews, os deputados Sóstenes Cavalcante, líder do PL, Cláudio Cajado, relator do PEC da Blindagem, e Paulinho da Força, relator da PEC da Anistia, foram perguntados se conheciam algum brasileiro de carne e osso que defendia essas pautas. Todos tergiversaram para evitar confessar o óbvio: livrar Bolsonaro da cadeia, reduzir a pena dos demais golpistas e dar aos políticos o direito de não serem investigados pela polícia ou julgados pela Justiça só interessa a uma minoria. 

As pautas foram aprovadas por larga maioria na Câmara, numa desconexão perigosa com o sentimento das ruas. No mês passado, uma pesquisa Datafolha mostrava que para 78% dos brasileiros os congressistas pensam mais nos seus próprios interesses do que nos da população. E isso foi da PEC da Blindagem. O humor da sociedade agora é uma campanha de renovação similar à de 2018. 

Bastava ter ido ao mercado para os deputados do PL e do Centrão terem percebido que a anistia a Jair Bolsonaro e os depredadores do 8 de janeiro é uma pauta impopular. Se não quisessem, podiam ter olhado as pesquisas ou conversando com algum brasileiro de carne e osso, e não os fanáticos de sempre. A anistia era mais indefensável porque vinha junto da PEC da Blindagem e da operação para salvar o mandato de Eduardo Bolsonaro, o deputado pago pelo contribuinte para atuar contra o Brasil. 

Favoritos do Congresso para serem candidatos em 2026, os governadores Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Ratinho Junior, se tornaram reféns de uma oposição sem estratégia. Hoje quem decide a pauta da oposição é Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo com sua campanha anti-Brasil nos EUA, o pastor Silas Malafaia e sua insistência com a anistia e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, que manda mais do que o presidente Hugo Motta. Os quatro mostram gigantesco poder de realização, mas zero capacidade de montar uma estratégia para ganhar a eleição em 2026. Ao defender a anistia a Bolsonaro, a PEC da Blindagem e as sanções de Trump, o PL devolveu discurso do nacionalismo e da anticorrupção para a esquerda

Ao chamar as manifestações de domingo como “extremistas”, o deputado Nikolas Ferreira repete os erros dos petistas que achavam que os panelaços pelo impeachment de Dilma Rousseff eram coisa de “quem tem cozinha gourmet” , uma analogia de que o protesto era apenas dos ricos. Nikolas ataca os organizadores dos protestos de domingo esquecendo que ele e outras dezenas de deputados só estão nos seus cargos porque prometeram uma política diferente, não uma que produz uma aberração com a PEC da Blindagem. A esquerda perdeu as ruas em 2013 e 15 por arrogância. A direita está repetindo os mesmos erros. 

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