Qual a graça de ‘Schitt’s Creek’, grande vencedora de comédia no Emmy?
Série canadense, celebrada na premiação, ressuscitou talentos veteranos da TV e tocou em temas atuais ao narrar trama de família rica que fica pobre
A polícia bate na porta de uma mansão e a empregada que abre a porta, ao ver o batalhão de gente, questiona, ingênua: “imigração”? Logo ela descobre que o problema ali não é ela, mas sim a família de ricaços que acaba de perder toda a fortuna. Só resta a eles o sentimento de superioridade e uma pequena cidade, a Schitt’s Creek do título, adquirida pelo pai em forma de piada nos anos 1990. Assim começa a série canadense que arrebatou sete prêmios consecutivos na categoria de comédia no Emmy neste domingo, 20. Em uma festinha improvisada à distância, o elenco se uniu para receber os prêmios (já esperados), que coroou a sexta e última temporada da série.
O programa foi criado por pai e filho, tanto na vida real quanto na ficção: o veterano Eugene Levy (do filme American Pie) e Dan Levy, que interpretam Johnny e David no roteiro. O papel da matriarca da família ficou com a também veterana Catherine O’Hara, atriz famosa por comédias dos anos 80 e 90, como Esqueceram de Mim e Beetlejuice – Os Fantasmas se Divertem. Esquecida por Hollywood, Catherine voltou a brilhar com o papel da série de comédia ao interpretar justamente uma ex-atriz que deixou tudo para se casar e, agora, não sabe se adaptar à pobreza. O grupo fica completo com a divertida e fútil – como todos os demais – Alexis (Annie Murphy).
Mas, afinal, qual a graça de Schitt’s Creek? É discutível que a série merecesse tamanha atenção no Emmy, porém, ela tem seus méritos — que ganharam projeção conforme o programa se aproximava do fim. Apesar da premissa já explorada à exaustão pela ficção, a série se sobressai primeiro pelo roteiro afiado, com piadas rápidas, e muitas entrelinhas. Sua força, porém, está no elenco, que levou as quatro categorias de atuação de comédia na noite. O quarteto faz um humor nonsense com elegância, além de conseguir flertar, sem medo, com problemas muito atuais, caso de preconceito entre classes, divergência geracional e sexualidade fluida, tema que fica no colo do roteirista e ator Dan Levy, que na série é pansexual.
Por aqui, o programa chegou tarde: este ano ele entrou na grade do canal pago Comedy Central e na plataforma de streaming Paramount+. Aos interessados, dá para ver por lá as cinco primeiras temporadas.
PF deu de cara com filho de Lula ao cumprir mandado contra ex-nora do presidente
Mendonça pede informações ao governo Lula sobre indicação de mulher negra ao STF
Leandro Lima vai para hospital após ingerir gasolina em casa
Inmet emite alerta laranja para tempestades em SP e outros três estados nesta quinta, 13
Jogos de hoje, quarta, 12 de novembro: onde assistir futebol ao vivo e horários







