Os números de audiência do debate com cadeirada de Datena em Marçal
Incidente em evento da TV Cultura acumula também milhões de visualizações na internet
O debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo transmitido pela TV Cultura na noite de domingo, 15 de setembro, se tornou um dos assuntos mais comentados em todo o país não por causa de qualquer proposta apresentada, mas pela inusitada agressão cometida por Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB). Por volta das 23h30, o apresentador da Band ergueu uma das cadeiras do recinto e a atirou sobre o rival, que o desafiava a agredi-lo. O incidente alavancou a atração — que, caso contrário, poderia passar despercebida para além do eleitorado paulista. Segundo dados da TV Cultura, porém, o momento foi visto por milhares de brasileiros.
Na televisão, a audiência foi de 1%, com share de 2,0% e pico de 1,1% — ou seja, a cadeirada foi testemunhada ao vivo em televisores de mais de 73 000 domicílios. Nas plataformas digitais, o debate foi também transmitido por lives e recortes no YouTube, Facebook e TikTok. Na primeira rede citada, a transmissão na íntegra acumula mais de quatro milhões de visualizações, e chegou a bater 439 mil aparelhos simultâneos durante o ao vivo. Os números não chegam perto da audiência simultânea da TV Globo ou do SBT, mas são acima da média para a emissora.
A briga
Tudo começou com uma discussão entre os dois candidatos, durante a segunda interação entre eles. Datena foi sorteado para perguntar a Pablo Marçal, mas se recusou a questionar o oponente, que por sua vez utilizou o tempo de resposta para acusar, sem mencionar provas, o apresentador de ter cometido assédio. O coach declarou que Datena teria pago pelo silêncio de uma suposta vítima. “Homem é homem, mulher é mulher, estuprador é… Diferente, né?”, disse, citando trecho da música dos Racionais. “Você tocou na vagina dela?”, questionou o candidato do PRTB, que não explicou à qual história se referia.
Datena se defendeu alegando que a acusação referida havia sido apurada pela polícia, que não encontrou provas. “A pessoa que me acusou se retratou publicamente e em cartório, pediu desculpas para mim e para minha família”, disse. A discussão se intensificou quando o apresentador da Band chamou o concorrente de “bandidinho” e, em troca, foi chamado de “arregão”. Marçal o provocou, ao dizer que Datena não seria “homem” para agredi-lo, e o resto é história.
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