O lutador profissional Mike Tyson enfrentará o youtuber Jake Paul na primeira transmissão ao vivo de uma luta de boxe da Netflix. O embate acontecerá em 20 de julho, no AT&T Stadium, no Texas, e é realização de uma parceria da plataforma de streaming com a Most Valuable Promotions (MVP), empresa de Jake Paul e Nakisa Bidarian. A Netflix já havia transmitido outros eventos esportivos, como a The Netflix Slam, partida de tênis entre Rafael Nadal e Carlos Alcaraz, e The Netflix Cup, torneiro de golfe. A partir de 2025, a empresa também pretende exibir semanalmente o Monday Night Raw, da WWE (World Wrestling Entertainment) — luta livre.
Ator e youtuber, Jake Paul começou a se interessa por luta há alguns anos e já é considerado um semi-profissional. Ele já venceu nove vezes no ringue — sendo seis por nocaute, e perdeu uma. Já Mike Tyson acumula 50 vitórias, com 44 nocautes, e apenas seis derrotas. O astro do boxe também é famoso pelos embates com Evander Holyfield, que teve um pedaço de sua orelha arrancada pelos dentes de Tyson em uma das lutas. Em 2020, Paul chegou a lutar em um evento pay-per-view que também teve um confronto de Tyson contra Roy Jones Jr — a primeira luta de Mike desde 2006.
“Estou me preparando para enfrentar Tyson pessoalmente para ver se tenho o que é preciso para vencer um dos lutadores mais notórios e maiores ícones do boxe”, declarou Jake Paul à imprensa americana. “Estou muito ansioso para entrar no ringue com Jake Paul. Ele cresceu significativamente como boxeador ao longo dos anos, então será muito divertido ver o que a vontade e a ambição de um ‘garoto’ podem fazer com a experiência e aptidão de um GOAT (Greatest Of All Time — “O maior de todos os tempos”, em tradução livre). É um momento de círculo completo que será muito emocionante de assistir; já que comecei sua jornada no boxe na eliminatória da minha luta com Roy Jones e agora pretendo finalizá-lo”, disse Tyson.
O negócio rentável da luta entre influenciadores e boxeadores
Para além da injeção de adrenalina no ego dos participantes, as rinhas de boxe entre influencers viraram um negócio global. Está longe do clássico conceito de nobre arte, é verdade, pois vem com pintadas daquelas marmeladas das lutas livres coreografadas, mas inegavelmente se tornou um sucesso de público. De um lado, o influenciador cria conteúdos para seus seguidores e atrai patrocinadores, vende pacotes de pay-per-view e ingressos para as lutas, além de movimentar sites de apostas. De outro, o boxe recebe uma nova audiência, num momento importante para a modalidade, principalmente entre os jovens, que migraram nos últimos tempos para as refregas dos octógonos do MMA.
A nova tendência ganhou força com o americano Jake Paul, em 2020. Dono de 20 milhões de seguidores no YouTube, ele usou sua influência para promover uma luta entre os aposentados Mike Tyson e Roy Jones Jr. Paul também decidiu lutar e desafiou o jogador de basquete Nate Robinson. O resultado deu tão certo (Paul venceu) que apostou em novas lutas. Ele desafiou a lenda brasileira Anderson Silva, o Spider, de 48 anos. Paul nocauteou Silva no último assalto. Além de Whindersson Nunes desafiar Ancelino Freitas, o Popó — deu empate misericordioso — mais brasileiros entraram na onda, como o ex-BBB Yuri Fernandes, o youtuber Christian Figueiredo e o funkeiro Dynho Alves, cujas músicas embalam propagandas em sites de aposta. Neste ano, a luta entre Popó e Kleber Bambam, encerrada em menos de 1 minuto após o profissional vencer o influenciador, movimentou as redes sociais.
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