Quando Tieta foi ao ar pela primeira vez, em 14 de agosto de 1989, a internet caminhava a pernas bambas, ainda restrita ao uso acadêmico e militar, e as plataformas de streaming sequer sonhavam em existir. Passados 31 anos, o folhetim, inspirado na obra homônima de Jorge Amado, se tornou um dos títulos mais assistidos no catálogo da plataforma de streaming Globoplay.
Desde maio, o braço on-line da rede Globo incorpora ao seu catálogo um clássico da teledramaturgia a cada duas semanas. A estratégia inseriu o folhetim no fervor da era das maratonas, que atinge públicos variados: desde jovens que nem eram nascidos na época da exibição do título, a adultos nostálgicos, já adaptados ao hábito de assistir o que e quando quiser na televisão e no celular.
Não à toa, o consumo dos folhetins mais do que dobrou este ano. Segundo o Globoplay, de janeiro a agosto, o tempo em que os usuários passaram assistindo a novelas na plataforma registrou um aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano passado, grande parte disso em função da adição de sucessos de público, como Torre de Babel (1998-99), A Indomada (1997), Fera Radical (1988), entre outros. No Twitter, é comum o relato de usuários que passaram horas em frente ao computador assistindo a novelas como A Favorita (2008-2009) e Verdades Secretas (2015).
Uma nova forma de alimentar um velho hábito.