Emmy 2021: As seis melhores séries indicadas ao prêmio
De volta ao formato presencial, tradicional cerimônia que elege o melhor da TV acontece no próximo domingo, 19
Uma glamourosa reunião via Zoom. Assim é possível descrever a 72ª edição do Emmy do ano passado, que aconteceu pela primeira vez em formato virtual, com atores e suas equipes assistindo e ganhando prêmios de suas casas, por causa da pandemia. Felizmente, o cenário para a 73ª cerimônia, marcada para o próximo domingo, 19, já indica certa normalidade: graças ao arrefecimento da pandemia e às experiências de outras premiações deste ano, o evento apelidado de “Oscar da TV” acontecerá presencialmente em Los Angeles, em espaço ao ar livre. Confira a seguir seis séries, três indicadas na categoria de melhor comédia e três de melhor drama, que valem uma espiada.
The Boys, do Amazon Prime Video
E se, na vida real, os super-heróis usassem suas habilidades para interesses escusos (quando não perturbadores)? É essa a premissa de The Boys, que, ao contrário das leituras de Super-Homem e Capitão América, oferece outra perspectiva sobre como o poder absoluto pode corromper até os melhores de nós. A produção concorre à estatueta de melhor série dramática.
The Handmaid’s Tale, no Paramount+
A distopia protagonizada por Elizabeth Moss lançou este ano sua quarta temporada — aclamada como uma das melhores fases da série. Em uma alegoria aos Estados Unidos pós-Trump, as aias emergem da opressão de Gilead, mas em uma liberdade que chega dolorida – e a conta-gotas. The Handmaid’s Tale soma 9 indicações em quatro categorias: melhor série dramática, melhor atriz, e melhor atriz e ator coadjuvantes.
Lovecraft Country, no HBO Max
Na disputa pelas cinco categorias de séries de drama, Lovecraft Country vê uma família negra em provação dupla na Chicago de 1955: os horrores reais do supremacismo branco se entrelaçam com ameaças sobrenaturais. “Os monstros são metáforas que representam as experiências que vivemos no dia a dia”, disse o roteirista Misha Green a VEJA. Ao usar o terror como alegoria para o racismo, a série chegou à TV em um timing perfeito: era a mesma época da explosão de protestos antirracistas nos Estados Unidos.
Ted Lasso, da Apple TV+
De uma tacada só, a sagaz trama de Ted Lasso conquistou 20 indicações ao Emmy de 2021. Jason Sudeikis interpreta o protagonista que dá nome ao título, treinador de um pequeno time de futebol americano universitário que, graças a uma série de vídeos virais, é contratado para ser o técnico de um time de futebol profissional na Inglaterra. Para além de ter que driblar a falta de experiência e as diferenças entre cada modalidade, Lasso ainda enfrenta pequenos (grandes) dramas – como a dirigente que o contrata com a intenção de levar o time para o fundo do poço.
Hacks, na HBO Max
Com quatro indicações, Hacks surge como uma das grandes representantes do filão de originais que levam o selo Max dentro da nova plataforma da HBO. Na trama, a ótima Jean Smart vive Deborah, uma comediante decadente que, para voltar à boa fase, precisa da ajuda da millennial Ava (Hannah Einbinder), roteirista que destruiu a própria carreira com um tuíte mal pensado.
Cobra Kai, da Netflix
Indicada à melhor série de comédia, a trama de Cobra Kai se vale de humor e lições de tolerância para resgatar os personagens e atores, agora tiozões, da saga Karate Kid. Mesmo trinta anos depois, a rivalidade entre Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) segue viva – um acerto que une os mais velhos pelo saudosismo e os jovens pela atualidade de temas, como identidade de gênero.