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Como remake de ‘Renascer’ lava a alma de Adriana Esteves

Personagem interpretada por Theresa Fonseca na versão atual, Mariana atormentou a vida de Adriana Esteves há 20 anos

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h19 - Publicado em 15 fev 2024, 19h40
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  • O remake de Renascer, adaptação de Bruno Luperi da obra de Benedito Ruy Barbosa, vem lavando a alma de Adriana Esteves desde a chegada da personagem Mariana — hoje interpretada por Theresa Fonseca –, papel que fez Adriana cair em depressão e quase desistir de atuar por causa da enxurrada de críticas que a veterana recebeu quando a versão original foi exibida, em 1993. Com a nova versão no ar, fica claro que o problema sempre foi a personagem lasciva.

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    Na história que se passa em Ilhéus, Mariana chega para atormentar ainda mais a relação conturbada de José Inocêncio (Marcos Palmeira) e João Pedro (Juan Paiva), o caçula rejeitado a vida inteira pelo pai devido ao fato de Maria Santa (Duda Santo), o grande amor do fazendeiro, ter morrido no parto do quarto e último herdeiro. Neta de Belarmino (Antônio Calloni), a jovem se aproxima da família de Inocêncio com sede de vingança e desejo de recuperar as terras do avô — que ele vendeu para Inocêncio antes de morrer assassinado misteriosamente. Para concluir seu objetivo, Mariana seduz João Pedro e depois Inocêncio, com quem se casa repentinamente.

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    O público atual tem por Mariana o mesmo sentimento despertado em 1993: raiva. A personagem é sonsa, dissimulada e tem falas constrangedoras, como chamar Inocêncio de “painho” de forma maliciosa e agir como boba de propósito. A diferença entre as duas versões é que os telespectadores da atualidade conseguem discernir a dramaturgia da vida real. No passado, Adriana Esteves sofreu tantas críticas do público e de jornalistas que precisou se afastar da Globo para tratar uma depressão e até foi trabalhar em novelas do SBT por dois anos para descansar sua imagem da líder de audiência. A depressão, que ganhou de brinde, foi curada com ajuda do teatro. Ironicamente, isso tudo aconteceu porque o trabalho de Adriana foi convincente como a ninfeta que seduz o poderoso Inocêncio, à época vivido por Antônio Fagundes. O problema não era sua atuação, e sim o texto abertamente luxurioso e a direção picante para uma época em que o conservadorismo era encravado na sociedade.

    Além disso, há o fato de que as pessoas antigamente não conseguiam separar o ator do personagem. Regiane Alves e Dan Stubach sofriam represálias na rua devido aos personagens Dóris e Marcos, de Mulheres Apaixonadas (2003). Algo bem raro de acontecer hoje em dia com o advento das redes sociais.

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    No remake de Renascer, Mariana pode até acabar conquistando o público de redes sociais — que adora enaltecer uma vilã –, mas sua intérprete deve ter um destino bem diferente da antecessora: sem trauma.

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