Ao revelar a relação conturbada com os pais, Larissa Manoela entrou para uma lista, infelizmente, longa de artistas que começaram cedo e acabaram acusando a família de exploração. Muitos deles relataram ainda casos de abusos físicos e, posteriormente, vícios em álcool e drogas como resultado dos traumas. Confira a seguir outras celebridades que romperam com familiares – e até uma atriz que comemorou a morte da mãe.
Macaulay e Kieran Culkin versus o pai abusivo
Um dos casos mais emblemáticos do show business, Macaulay Culkin, ator de Esqueceram de Mim, virou um astro mundial nos anos 90. Aos 15 anos de idade, ele entrou na Justiça contra os pais — os quais perderam a guarda do garoto e o direito à fortuna milionária dele até então. Culkin revelou que era constantemente agredido pelo pai, um ator frustrado que forçou os filhos a trabalharem na área para, em seguida, se ressentir deles – além de Macaulay, seu irmão Kieran Culkin, ator de Succession, também se abriu sobre problemas com o pai, com quem cortou relações por 14 anos após abusos emocionais.
Britney Spears, dominada por tutela parental
A cantora pop tomou os noticiários quando um documentário de 2021 revelou detalhes absurdos sobre a relação de tutela de seu pai, Jamie Spears, que controlava legalmente todos os bens de Britney e sua vida pessoal sob a alegação de que ela era mentalmente incapaz. O caso se tornou um movimento nas redes sociais chamado de Free Britney. Após mais de uma década de opressão, a cantora decidiu não trabalhar mais até ter de volta sua autonomia. Com a ajuda da comoção popular, ela conseguiu na Justiça revogar a tutela.
Jennette McCurdy e o alívio com a morte da mãe
Estrela do seriado iCarly, da Nickelodeon, a atriz lançou no ano passado o livro I’m Glad My Mom Died (Estou Feliz que Minha Mãe Morreu), no qual narrava as dores da infância ao lado da matriarca e como ficou aliviada com a morte dela, vítima de um câncer. No relato, Jennete acusou a mãe de abusos mentais e físicos, relação tóxica que lhe causou distúrbios alimentares e vício em drogas.
Surfista Gabriel Medina e imbróglio com a mãe
Em 2020, o atleta começou a se desvencilhar da mãe e do padrasto, então seu treinador, ao descobrir rombos em suas finanças, administrada pela genitora, Simone. O caso parou na Justiça, quando Simone acusou o filho de parar de pagar seu salário, e também virou assunto de noticiário de fofocas – ela usou as redes sociais para criticar a relação do filho com a modelo Yasmin Brunet.
Whitney Houston e Beyoncé, demissão de pais desonestos
As duas estrelas da música passaram por uma situação parecida com seus respectivos pais. Muito jovens, elas aceitaram que eles trabalhassem como seus empresários. Whitney, eventualmente, descobriu que seu pai, John, administrava mal seus bens. Quando ela o demitiu, ele a processou pedindo 100 milhões de dólares de indenização, caso que agravou a já dura luta da cantora contra os vícios em drogas, que morreu de overdose aos 48 anos, em 2012. Já Beyoncé conseguiu romper de forma mais branda com o pai, demitido após rumores de que ele também lhe roubava. Desde então, ela mantém uma relação amigável, mas distante dele.
Drew Barrymore, emancipada aos 14 anos
Drew Barrymore começou a atuar com 5 anos de idade – e aos 14 se libertou legalmente dos pais. Seu problema principal era com a mãe, Jaid, que, obcecada por transformar a garota em uma estrela, negligenciava os cuidados básicos de uma criança: ela não a levava à escola, controlava sua alimentação para mantê-la magra e a carregava para festas inadequadas para sua idade. Como resultado, aos 13, Drew sofria de alcoolismo e vício em drogas.
Judy Garland, a sofrida estrela mirim de O Mágico de Oz
Judy Garland foi um dos maiores nomes da era de ouro de Hollywood, especialmente após protagonizar o musical O Mágico de Oz (1939). A garota, porém, enfrentou uma vida de controle abusivo por parte da mãe, que a pressionava a atuar e chegou a colocá-la em dietas restritas, além de dar pílulas de anfetamina para a filha — remédios para energia e para dormir — antes dos 10 anos. A atriz chegou aos 30 lutando contra o vício em álcool e outras substâncias. Ela morreu aos 47 anos, em 1969, vítima de uma overdose acidental.