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Política com Ciência Por Sérgio Praça A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Mesmo solto, Lula será candidato fraco em 2018

O efeito da Lava Jato é muito mais devastador do que o do Mensalão

Por Sérgio Praça Atualizado em 13 set 2017, 17h41 - Publicado em 13 set 2017, 13h18
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  • Em julho de 2005, Lula (PT) parecia abaladíssimo. Após a entrevista em que Roberto Jefferson (PTB) denunciou o “Mensalão”  eu ( assim como outros analistas) acreditava que Lula não seria reeleito em 2006. Afinal, o PT havia passado 22 anos chamando todos os políticos de corruptos – excetuando-se, é claro. O discurso lembrava o de Marina Silva hoje. A bandalheira montada por José Dirceu foi justificada por todos os petistas como necessária para manter a coalizão governista. Não havia contradição, a rigor, nesse discurso: nós não somos corruptos, os outros é que exigem corrupção e sem eles não podemos governar nem implementar programas de transferência condicionada de renda como o Bolsa Família. A justificativa colou. Em 2006, ou os eleitores não se importaram com a corrupção (“rouba mas redistribui”, li outro dia no Facebook) ou se importaram menos do que com o clima econômico do país – em grande medida, aliás, fora do controle de Lula.

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    Será que a saída em 2018, caso não seja preso, será a mesma? Difícil.  Para o cientista político Cesar Zucco, o fato de Lula ser presidente em 2006 jogou a seu favor na disputa presidencial. Presidentes costumam, segundo Zucco, melhorar sua votação no Nordeste quando tentam a reeleição. O Bolsa Família ajudou, mas não foi o fator determinante para que Lula se reelegesse. O cenário no ano que vem será bastante diferente.

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    Caso fique calado em seu encontro com o juiz Sérgio Moro hoje, Lula admitirá que não tem bons argumentos para se livrar das nove acusações que pesam contra ele. Além disso, a militância petista sofreu um duplo golpe da dupla Lula-Palocci, e não apenas pela corrupção. Um estudo de Andy Baker, Barry Ames, Anand Sokhey e Lucio Rennó mostra que a guinada do PT à agenda conservadora em 2003 causou confusão entre os simpatizantes do partido e resultou em menor engajamento político. Nem socialistas nem honestos: que decepção!

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