Ao sinalizar para o centro, Haddad aumenta suas chances
O candidato diz que não soltará Lula e se movimenta para o centro na economia
Em menos de 24 horas, as chances de Fernando Haddad (PT) vencer as eleições aumentaram muito. São dois os motivos.
O candidato desautorizou Márcio Pochmann, economista da Unicamp, como mentor do programa econômico petista em 2018. Em sabatina realizada ontem, Haddad disse que Pochmann “participou do programa de governo como trezentas outras pessoas participaram”. Não é o que estava sendo comunicado até agora pelo PT. O partido indicava Pochmann, que já presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para falar das propostas econômicas da candidatura de Lula-Haddad. Agora que Haddad tomou controle da campanha, largou este economista da Unicamp.
Esta foi a primeira guinada do PT para o centro em bastante tempo.
A segunda foi a fala de Haddad sobre um possível perdão judicial ao ex-presidente Lula (PT). A presidente do partido, Gleisi Hoffman, e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirmaram que Haddad concederia indulto a Lula assim que assumisse a presidência. Haddad negou isso hoje cedo.
Com esses dois movimentos, Haddad sinaliza que faria um governo “petista-light”, sem radicalismo econômico e respeitando o Judiciário – algo que o partido não faz desde 2015. As chances do candidato aumentam a partir de agora, pois ele se torna mais palatável para eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) que tem forte sentimento anti-Bolsonaro.
(Entre em contato pelo meu site pessoal, Twitter e Facebook)