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Política com Ciência Por Sérgio Praça A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A boa “burocracia” da Polícia Federal

Chamar alguém de “burocrata” é atribuir à pessoa indolência, carreirismo e ineficácia. É raríssimo elogiar um órgão público por ser “burocrático” – antes o contrário. Governos são criticados pelo excesso de normas e etapas para efetuar serviços simples. Mas será que ser “burocrático” é tão ruim assim? Podemos imaginar a falta completa de “burocracia”: funcionários […]

Por Da Redação Atualizado em 31 jul 2020, 01h03 - Publicado em 29 jun 2015, 19h34
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    A sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ocorrem as investigações da Operação Lava Jato: uma instituição que sabe utilizar bem os concursos públicos

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    Chamar alguém de “burocrata” é atribuir à pessoa indolência, carreirismo e ineficácia. É raríssimo elogiar um órgão público por ser “burocrático” – antes o contrário. Governos são criticados pelo excesso de normas e etapas para efetuar serviços simples. Mas será que ser “burocrático” é tão ruim assim?

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    Podemos imaginar a falta completa de “burocracia”: funcionários nomeados sem critério claro que trabalham sem seguir normas definidas pela legislação, improvisando o atendimento ao público do modo que acharem melhor.

    É justamente para evitar esse caos que órgãos governamentais optam pela pior maneira – à exceção de todas as outras – de escolher funcionários: o concurso público. Organizados através de editais que especificam dezenas de pré-requisitos para os cargos, concursos não medem capacidade de liderança, iniciativa e motivação. Infelizmente, o outro modelo possível é o de nomeações exclusivamente pessoais e/ou políticas.

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    A Polícia Federal é, provavelmente, a agência burocrática do governo federal que mais bem utiliza concursos públicos para escolher funcionários. Cerca de 80% de seus servidores trabalham na investigação de crimes (ou algo fortemente relacionado a isto). É essa a atividade principal da Polícia Federal. Em contraste, órgãos como o Dnit têm apenas 20% de seus funcionários trabalhando diretamente com projetos de infraestrutura. O restante cuida da gestão do órgão – o que se chama, no jargão “burocrático”, de atividade-meio.

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    Não é à toa que já começamos a ouvir críticas do PT ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele não consegue controlar os policiais federais?! Não consegue nem deveria conseguir. Deixem a burocracia funcionar. Com a ajuda de outros órgãos – como a Controladoria-Geral da União, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas da União – talvez ela nos salve do grosso da corrupção.

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