Depois de abandonar o PSL, legenda com que se elegeu, o presidente Jair Bolsonaro tem se esforçado para (a)fundar seu novo partido. Assessores o desaconselharam a chamar de PB, Partido dos Bolsonaro. Pegaria mal. A saída foi batizar de Aliança pelo Brasil, mas não tem sido fácil. O primeiro desafio dos assessores de Bolsonaro foi explicar a todos que a “aliança” não se escreve com SS, mas com Ç. Depois, conseguir colher as 500 000 assinaturas necessárias para que o partido exista, diante da popularidade em queda do presidente.
A busca tem acontecido em perfis antipetistas em redes sociais e igrejas evangélicas. E até em hospícios — mas nessas instituições Bolsonaro deparou também com muitos lulistas inveterados, o que dificultou a prospecção. O presidente, porém, não perdeu a viagem. Aproveitou para arrumar novos ministros de Estado. Dizem que foi ali que, há um ano, ele descobriu Weintraub.
Publicado em VEJA de 27 de novembro de 2019, edição nº 2662