Um estudante de medicina de 27 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil, em Porto Alegre, por suspeita de pedofilia. O universitário armazenava mais de 12 000 imagens de pornografia infantil em seu computador e fazia trabalho voluntário em ações com crianças. Ele foi preso enquanto trabalhava de plantão em um hospital.
A investigação teve início em São Paulo, em abril, após a denúncia de um pai que descobriu que seu filho estava sendo assediado pela internet com troca de mensagens. O pai comunicou à polícia, que encaminhou o caso para o Rio Grande do Sul. A foto do garoto assediado, que deu início à investigação, foi encontrada no computador do rapaz durante a execução do mandado de busca e apreensão realizado na casa do suspeito na manhã desta terça.
“Tem que louvar a atitude do pai. Crianças e adolescentes não têm direito (total) à privacidade. O pai e a mãe têm que saber o que os filhos fazem na internet”, disse o promotor Júlio Alfredo, da área da Infância e Juventude do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), em coletiva de imprensa nesta manhã.
Estudante do sétimo semestre, ele chegou a usar a rede da universidade para fazer contatos com crianças e compartilhar material ilegal, segundo o MP. Polícia e promotoria não divulgaram o nome, universidade e local do trabalho do suspeito. As autoridades não informaram se ele planejava ser pediatra.
“Tinha vários arquivos com os nomes de meninos”, disse o promotor. Segundo ele, conforme a investigação avançar, é possível que novas vítimas sejam descobertas.
O material apreendido será analisado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). O MP pediu à Justiça que o suspeito seja preso preventivamente, mas ainda não obteve a decisão. Foi estipulada uma fiança de 20.000 reais, segundo o MP. A quantia foi paga pelo suspeito, que foi liberado, de acordo com o jornal Zero Hora.
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