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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Cidade gaúcha apoia caminhoneiros e comércio fecha as portas

Prefeitura de Terra de Areia convocou apoio à greve e suspendeu o expediente durante a manhã

Por Paula Sperb
Atualizado em 28 Maio 2018, 15h22 - Publicado em 24 Maio 2018, 14h13
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  • Com economia baseada na agricultura, especialmente na produção de abacaxi e banana, a cidade de Terra de Areia, a 122 km de Porto Alegre, com 11.000 habitantes, parou na manhã desta quinta-feira (24). Os moradores decidiram apoiar a paralisação dos caminhoneiros contra o aumento do preço dos combustíveis.

    A maior parte do comércio fechou as portas e a prefeitura não teve expediente – apenas atendimento de saúde e educação foram mantidos. Em frente a um posto de gasolina com caminhões parados, moradores da cidade cantaram o hino nacional e seguravam cartazes com dizeres como “estamos unidos pela mesma luta”. No extremo sul do estado, em Santa Vitória do Palmar, o prefeito chegou a declarar o combustível como utilidade pública para desapropriação.

    “Não aguentamos mais a carga de impostos. Tudo depende do combustível, por isso apoiamos a luta dos caminhoneiros”, disse a VEJA o prefeito Aluisio Teixeira (MDB). Segundo ele, a prefeitura transporta 1.200 estudantes do total de 2.000 matriculados nas escolas. Muitos deles moram na área rural e dependem dos ônibus custeados pela prefeitura. O combustível que a administração tem deve durar apenas até sábado. Além disso, como a atividade econômica principal é a agricultura, os produtores precisam de diesel para os tratores e escoamento da produção.

    Quem circulou pela área central de Terra de Areia viu a maioria das lojas fechadas. “Não foram só os comerciantes, os moradores também protestaram. Até o padre convidou para a mobilização ontem na missa, o prefeito divulgou nas redes sociais. A greve não interessa só a caminhoneiro, todos pagamos a conta do aumento”, disse Amilco Knevitz, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade.

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    Comércio de Terra de Areia, no RS, fechou as portas em apoio aos caminhoneiros na manhã desta quinta-feira (Diogo Franco de Souza/VEJA.com)

    “O protesto dos caminhoneiros é válido porque o aumento do preço dos combustíveis atinge todas as pessoas, não só os motoristas. Toda a população tem que apoiar. Se outros locais apoiarem como fizeram os moradores de Terra de Areia, algo pode mudar”, disse à reportagem o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Diogo Franco de Souza (MDB).

    Enquanto estabelecimentos comerciais e públicos fecharam as portas, centenas de caminhoneiros que ajudam a escoar a produção de frutas da localidade ficaram estacionados em um posto de gasolina. Segundo o gerente comercial do posto Jam, Rafael Fonseca, não há mais gasolina para venda. Há, porém, diesel, já que os caminhoneiros não estão abastecendo.

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    Caminhões de Terra de Areia não estão rodando. Em protesto contra aumento dos combustíveis, caminhoneiros estão parados (Rafael Fonseca/VEJA.com)
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