Se na frente das câmeras da TV Bandeirantes os seis candidatos ao governo do Rio Grande do Sul fazem um debate repleto de críticas uns aos outros, nos bastidores o clima é cordial. A partir das 21h, os candidatos Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL) começaram a chegar ao local.
Por volta das 21h30, Robaina tentou entrar no banheiro masculino, que estava ocupado. Na sequência, Sartori também tentou entrar. Ambos foram encaminhados pela organização para um segundo banheiro. “Sem o senhor, não tem debate”, disse Robaina a Sartori, tranquilizando o governado quanto ao horário. “Eu vou mais preventivamente”, brincou Sartori. Nos debates e em entrevistas, o candidato do PSOL não poupou críticas ao governador e mencionou os casos de corrupção que envolvem o MDB em nível nacional.
Cada um dos convidados contou com um camarim. O atual governador, José Ivo Sartori (MDB), recebeu uma “sala vip” por ocupar o cargo de chefe do Executivo. Bandeira, Rossetto e Robaina ficaram em salas próximos no térreo. Leite e Jorge ganharam salas no andar de cima.
Os camarins contavam com café preto. “Mas o governador Sartori não gosta muito de café”, disse uma funcionária que trabalha na emissora há 36 anos e já conhece a rotina dos políticos que frequentam o canal como entrevistados. Ela fez questão de dizer que Sartori não fez nenhuma exigência.
Os candidatos estavam cansados porque o debate da Band foi o segundo do dia. Pela manhã, eles debateram na Rádio Gaúcha, às 8h. De perto, aparentavam olheiras por causa do pouco sono, especialmente Rossetto que, na véspera, foi a Brasília acompanhar o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no TSE. Rossetto voltou à Porto Alegre às 23h da noite anterior.
Enquanto o debate acontecia, as equipe dos candidatos assistiram ao debate em um refeitório da Band, agrupados em mesas.