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Revolução dos Cravos: lição para as Forças Armadas brasileiras

Portugal e Brasil têm muito em comum, mas uma distinção marcante é a relação dos militares com a democracia

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 abr 2024, 15h12

A Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura portuguesa em 25 de abril de 1974, não foi propriamente uma revolução.

Foi um golpe militar.

Golpes militares para restaurar democracias não são comuns. Muito ao contrário. Vale lembrar que a ditadura que os militares portugueses depuseram em 1974 existia por causa do golpe com que esses mesmos militares depuseram a Primeira República Portuguesa em 1926.

A ditadura portuguesa de António Salazar ficou conhecida como Estado Novo, mesmo nome escolhido por Getúlio Vargas para identificar sua própria ditadura, instalada pouco depois. Tinham muito em comum além do nome: ambas de inspiração fascista, foram instauradas e encerradas por golpes militares e se caracterizaram por arbitrariedade, censura, perseguição, tortura etc.

Há, no entanto, uma diferença crucial. Depois de alguma turbulência, os militares portugueses saíram de cena e Portugal se consolidou como uma democracia moderna e vibrante. No Brasil, após derrubarem Vargas em 1945, os militares continuaram mergulhados na política: fizeram várias tentativas de golpe até serem bem sucedidos em 1964, quando instauraram uma ditadura que duraria 21 anos e também se caracterizaria por arbitrariedade, censura, perseguição, tortura etc.

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O amplo fracasso da ditadura de 1964 não foi suficiente para demonstrar aos militares brasileiros que seu lugar é na caserna, longe da política e dos jornais. Como ficou claro nos últimos anos, é enorme a quantidade de militares que despreza civis, desconfia da democracia e acha que políticos precisam ser tutelados pelas Forças Armadas.

Espera-se que o exemplo português, que ilustra o sucesso e o desenvolvimento obtido por Portugal em 50 anos de democracia, deixe claro aos militares brasileiros que o melhor que podem fazer pelo Brasil é se escusar de tentar decidir o que é o melhor para o Brasil.

(Por Ricardo Rangel em 25/04/2024)

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