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Proibir o uso do Bolsa Família para apostas vai dar ruim

O Congresso Nacional legalizou as "bets" de modo irresponsável e o governo, que foi negligente, busca agora uma solução mágica

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2024, 21h29 - Publicado em 30 set 2024, 09h02
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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias
    Lula encarregou o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, de proibir os integrantes do Cadastro Único de fazer apostas online (Ricardo Stuckert/PR)

    O Brasil descobriu, chocado, que, apenas em agosto, 24 milhões de pessoas gastaram mais de 20 bilhões de reais em apostas. O choque foi duplo porque cerca de 3 bilhões de reais vieram de beneficiários do Bolsa Família, o que prenuncia uma devastação social.

    “É como se a gente tivesse aberto as portas do inferno, não tínhamos noção do que isso poderia causar”, informou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

    Qualquer um que esteja no mundo há mais de meia hora sabe que jogo, sem regulação forte, traz alcoolismo, drogas, desemprego, prostituição, ruína financeira de famílias inteiras e criminalidade de todo tipo. Mas a turma de Congresso Nacional — que, como se sabe, é sem noção –, achou uma boa ideia liberar geral o jogo… na Internet (!) E o governo (tanto este como o anterior) não olhou com a atenção devida.

    Como não poderia deixar de ser, deu ruim. E deu ruim pra valer.

    O governo agora quer resolver o problema proibindo que os integrantes do Cadastro Único para Programas Sociais, que reúne 44% da população, de usar seus benefícios para jogar.

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    Vai dar ruim de novo. Perguntar não ofende:

    Jogo, como o consumo de álcool, tabaco e outras drogas, é uma atividade que causa dependência, e funciona melhor restringir a oferta do que proibir a demanda. Há muitas maneiras de se fazer isso, eis algumas:

    Jogo é coisa séria e arriscada, medidas como essas (e outras) deveriam ter sido discutidas quando da aprovação da lei, mas as autoridades estavam mais interessadas no aumento da arrecadação, e das verbas delas oriundas, e no lobby dos empresários do setor.  Antes tarde do que nunca, é melhor discutirem-nas já do que acreditarem em soluções mágicas.

    (Por Ricardo Rangel em 30/09/2024)

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