Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Continua após publicidade

O que significa o chilique de Arthur Lira?

Há mais do que uma derrota pontual por trás dos impropérios do presidente da Câmara contra o ministro Alexandre Padilha

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2024, 22h34 - Publicado em 12 abr 2024, 12h56

“Desafeto pessoal” e “incompetente” foram as doces palavras que o presidente da Câmara, Arthur Lira, escolheu para se referir àquele que deveria ser seu principal interlocutor com o governo: o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

A guerra de Lira com Lula — na qual Padilha é apenas um campo de batalha — é antiga, e está ligada, como de hábito, a poder e dinheiro. Passa pelo Ministério da Saúde (maior orçamento da Esplanada, que o Centrão quer controlar), pelo veto de Lula a parte do orçamento eleitoral e outros pedregulhos diversos.

O pedregulho de agora foi a votação da Câmara sobre se o deputado Chiquinho Brazão, acusado do assassinato de Marielle, deveria seguir preso. Lira apostou contra a prisão, liberou o desconto no pagamento a deputados ausentes e posicionou Elmar Nascimento, seu candidato à própria sucessão, a trabalhar contra a prisão.

Se tivesse sucesso, imporia uma derrota ao STF e a Lula e marcaria pontos com os bolsonaristas. Mas o governo trabalhou a favor e denunciou aos quatro ventos a movimentação de Lira. A Câmara (em votação apertada) decidiu manter Chiquinho preso.

Lira perdeu em todas as frentes, se desgastou com todo o mundo, prejudicou ainda mais seu já precário relacionamento com o governo. E, agora, com seus impropérios, garantiu que Padilha ficará no cargo.

Continua após a publicidade

Lula apoiou a reeleição de Lira no ano passado (não por gosto, mas por precisão: Lira era imbatível), mas o presidente da Câmara pagou com ingratidão, e atrapalhou muito a vida do governo. Chegou a hora de Lula dar o troco e impedir que Lira faça o sucessor.

O espectro do antecessor de Lira — um presidente ultrapoderoso que, ao sair do cargo, submergiu no ostracismo e no anonimato — ronda a Câmara. Arthur Lira pode ser Rodrigo Maia amanhã.

Lira não está tenso por acaso.

(Por Ricardo Rangel em 12/04/2024)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.