Enquanto o governo desmata, há quem celebre o meio ambiente
O Dia Mundial dos Oceanos, 8 de junho, será comemorado com um enorme "abraço" na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro
Há 30 anos, o Rio de Janeiro foi o palco da ECO-92, o primeiro evento mundial dedicado à causa ambiental. Entre as várias questões tratadas, uma mereceu atenção especial: o cuidado com os oceanos.
Inspirado no Dia da Terra, celebrado em 22 de abril desde o ano de 1970, o Dia Mundial dos Oceanos foi proposto no dia 8 de junho daquele ano por uma equipe canadense formada por membros do International Centre for Ocean Development e do Ocean Institute of Canada.
A proposta tinha por objetivo colocar os oceanos no centro das discussões científicas e políticas intergovernamentais relacionadas ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Em 2008, a ONU reconheceu oficialmente a data, criando uma oportunidade de se fazer um balanço da situação dos mares e oceanos do mundo e conscientizar a população sobre a necessidade de preservação desse importante ambiente de biodiversidade, que ocupa cerca de 71% da superfície da terra.
A cada ano é definido um tema chave para discussão. Em 2022 é “Revitalização: Ação Coletiva para o Oceano” que marcará a data em diversos países.
No Brasil o evento de maior repercussão é o “Aquele Abraço” promovido pela ROUTE Brasil. Na primeira edição, em 2019, cerca de 15 mil pessoas ocuparam a orla da Barra até o Recreio, irmanadas por um mesmo propósito: proteger nossos oceanos dos impactos gerados por resíduos descartados de maneira incorreta.
Neste ano o evento será na orla de Copacabana, que terá 25 pontos ao longo da orla para recepção do público. Os participantes farão um abraço simbólico seguido de um mutirão de limpeza e triagem dos dejetos. Ações semelhantes acontecerão em Lisboa e Miami.
Enquanto o governo federal desmata (e se recusa a procurar o jornalista), há quem celebre o meio ambiente.