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Seis chavões sobre a Amazônia – e a verdade por trás deles

Em 2008, reportagem de capa investigou mitos sobre a saúde da floresta

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h46 - Publicado em 1 set 2017, 01h59
VEJA de 26 de março de 2008
VEJA de 26 de março de 2008 (Reprodução/VEJA)

Em 2008, em alentada reportagem de capa, VEJA investigou a verdade sobre a saúde da Amazônia, como enunciava o título. Em síntese, dizia o texto que: “Existem hoje leis, saber científico e vigilância remota suficientes para permitir a ocupação econômica da Amazônia sem alterar substancialmente seu metabolismo – mas para isso é vital que as leis sejam cumpridas, a ciência aplicada e a vigilância por satélites complementada com extensiva ação policial punitiva aos desmatadores”.

O esforço de reportagem contou com enviados à “capital da motosserra”, o município paraense de São Félix do Xingu; à frente agrícola do norte do Mato Grosso; e à sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos, interior de São Paulo, responsável pelo sistemas de vigilância da Amazônia. No Pará, VEJA descreveu uma “fronteira inóspita, com pistoleiros e ruas esburacadas” – o repórter foi ameaçado, e o hotel em que se hospedou chegou a ser invadido.

Ao longo de 22 páginas, organizadas em seis capítulos, VEJA desmistificou chavões que se repetem sobre a Amazônia, sem reflexão e frequentemente descolados da realidade, alguns dos quais voltam às bocas e redes sociais em razão do mal explicado decreto que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na divisa dos Estados do Pará e Amapá. Confira abaixo:

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1. Por que preservar a Amazônia

O SENSO COMUM: a Floresta Amazônica é o pulmão do planeta. Se ela desaparecer, o aquecimento global vai se acelerar de forma dramática.

A VERDADE: as pesquisas mais recentes mostram que o efeito mais visível do desaparecimento da Amazônia seria o desequilíbrio das chuvas no mundo.

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2. O grau de desmatamento

O SENSO COMUM: o governo [à época, presidido por Lula] garantiu que o desmatamento está sob controle.

A VERDADE: o desmatamento aumentou seu ritmo em 30% nos últimos meses.

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3. O boi, a soja e a madeira

O SENSO COMUM: não faz sentido derrubar a floresta e substituí-la por pastos e lavouras.

A VERDADE: em certas regiões da Amazônia a agricultura é irreversível. O que falta é respeito à lei.

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4. A lei e suas conseqüências

O SENSO COMUM: é proibido derrubar árvores e quem vende madeira é bandido.

A VERDADE: o desmatamento é regulamentado em diversas regiões, mas os abusos são constantes.

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5. A ameaça do homem

O SENSO COMUM: a devastação e os conflitos na região são causados pela ganância dos fazendeiros.

A VERDADE: vários fatores contribuem para o caos, mas muito do estrago é causado pelo próprio governo.

6. Propostas para o futuro

O SENSO COMUM: a única forma de salvar a floresta é proibir qualquer exploração econômica por lá.

A VERDADE: existem bons planos para aliar a exploração econômica à preservação.

Clique para ler a reportagem no Acervo Digital de VEJA.

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