“Que sacrifícios não se fazem em nome do comunismo. Para a gaúcha Manuela D’Ávila, 25 anos, eleita pelo PCdoB, valeu até um torturante salto 7, heroicamente suportado durante as muitas horas da cerimônia de posse”, dizia a nota da coluna Gente em 7 de fevereiro de 2007. Era a primeira vez que a recém-empossada deputada federal era citada nas páginas de VEJA.
“‘Essa história de musa não é para mim’, é o mantra proferido pela jovem deputada cada vez que seus encantos são mencionados”, continuava o texto.
Nos anos 2000, a jovem Manuela levou novos hábitos para o Congresso Nacional: o uso das redes sociais, algo que hoje é quase essencial para a sobrevivência política. Em 25 de novembro de 2009, a reportagem “O Brinquedo dos Famosos” trazia um relato sobre como o Twitter estava mudando a forma como as pessoas conhecidas se relacionavam com os fãs e com a preservação da própria intimidade.
Ao lado da apresentadora Sabrina Sato e da cantora Claudia Leitte, a parlamentar foi uma das personagens da matéria: “Igualmente twitteira, a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS, menos de 8000 seguidores até agora) também mantém blog e perfis no Orkut e no Facebook, espaços que aproveita tanto para mostrar seu lado mais pessoal quanto para discutir com a oposição com menos formalidade”, contava a reportagem. “Quem quer informação oficial vai ao meu site. O Twitter é algo comportamental, não é uma central de informações”, disse ela na época.
E foi justamente o Twitter a rede escolhida pela deputada para rebater Jair Bolsonaro (hoje no PSL), em 2014. “Quando ele diz que ela (a parlamentar Maria do Rosário) não merece ser estuprada, diz subliminarmente que algumas mulheres merecem e que ele é potencial estuprador”, destacou a revista na seção VEJA Essa no dia 17 de dezembro daquele ano.