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VEJA 5 – A revolução que salvou o mundo

Há vinte anos, os alemães-orientais derrubaram o Muro de Berlim, libertando-se de quatro décadas de totalitarismo e enterrando para sempre a experiência comunista. Os efeitos do regime falido são sentidos até hoje na antiga Alemanha Oriental, mas prevê-se que em dez anos não haverá diferenças no país reunificado Diogo Schelp, de Berlim Peter Turnley/Corbis /Latinstock […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h29 - Publicado em 7 nov 2009, 05h29
Há vinte anos, os alemães-orientais derrubaram o Muro de Berlim, libertando-se de quatro décadas de totalitarismo e enterrando para sempre a experiência comunista. Os efeitos do regime falido são sentidos até hoje na antiga Alemanha Oriental, mas prevê-se que em dez anos não haverá diferenças no país reunificado


Diogo Schelp, de Berlim

Peter Turnley/Corbis /Latinstock
A QUEDA
Em 11 de novembro de 1989, dois dias depois de os alemães-orientais forçarem a passagem para o Ocidente, os guardas do regime comunista ainda tentavam, sem muita vontade, impedir que o muro fosse desmantelado

Em Berlim, para lembrar é preciso olhar para baixo. As cicatrizes estão marcadas no chão da capital da Alemanha. Discreta, quase imperceptível, uma estreita faixa de paralelepípedos corta uma avenida de asfalto impecável, invade a calçada e desaparece sob a parede de um moderníssimo prédio. Em outros trechos, a menção ao símbolo maior da Guerra Fria traz uma mensagem mais direta: placas de metal encravadas no solo com a inscrição “Muro de Berlim – 1961-1989″ informam que por ali passava a barreira que dividiu a Alemanha, a Europa, a Terra. A queda do muro, em 9 de novembro de 1989, foi um desses eventos raros em que a ruptura com o passado é tão brusca que uma única data marca o início de uma nova era. O efeito mais óbvio daquela noite de outono berlinense, em que os alemães-orientais forçaram a abertura das fronteiras para o oeste, foi dar um fim ao conflito entre Estados Unidos e aliados no mundo civilizado e União Soviética. A Guerra Fria, como se chamava esse conflito, se não resultou em embate direto entre as duas superpotências nucleares, por causa do risco de aniquilamento total, configurou o planeta em metades capitalista e comunista que descarregavam a tensão permanente em guerras localizadas, como a da Coreia e a do Vietnã. Com a queda do muro, a Alemanha voltou a ser uma só nação e ficou evidente quem eram os vencedores: o capitalismo, a democracia, a liberdade. O ano de 1989 representou, assim, o fim da história para o comunismo, um regime que, nos países em que se instalou à força de baionetas, ceifou 100 milhões de vidas e eliminou o horizonte de progresso material e espiritual de quem estava sob seus tacões. Nos dois anos seguintes, o império soviético esfacelou-se por completo. Hoje, o sistema que o engendrou sobrevive como curiosidade quase que zoológica apenas numa ilha do Caribe e na metade de uma península asiática. Até a poderosa China, nominalmente comunista, aderiu ao capitalismo, embora esteja a milhões de anos-luz de ser democrática. Aqui

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