Tirando comida da boca das criancinhas pobres… Ou: Um companheiro no meio do caminho
Os “companheiros”, definitivamente, não estão na política a passeio. Vieram para colonizar o estado brasileiro e estão fazendo isso. Conforme se lê na VEJA.com, a Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira, “11 mandados de prisão preventiva dentro da Operação Agro-Fantasma, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), repassados […]
Os “companheiros”, definitivamente, não estão na política a passeio. Vieram para colonizar o estado brasileiro e estão fazendo isso. Conforme se lê na VEJA.com, a Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira, “11 mandados de prisão preventiva dentro da Operação Agro-Fantasma, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), repassados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a associações e cooperativas rurais como parte do Programa Fome Zero.” O texto informa ainda que “além dos mandados de prisão preventiva, foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba (PR) sete mandados de suspensão cautelar da função pública, 37 mandados de busca e apreensão e 37 mandados de condução coercitiva em quinze municípios do Paraná, em Bauru (SP) e em Três Lagoas (MS).”
Muito bem! A Conab também tomou providências. Severíssimas! Afastou sete membros da cúpula do órgão no Paraná, epicentro da investigação. Mas, informa a Folha, manteve um: o diretor de política agrícola e informação Sílvio Porto. Ele é filiado ao PT desde 1995. A Conab explica o motivo em nota: “O diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia, área responsável pela operacionalização do PAA, prestou esclarecimentos na Polícia Federal e foi liberado em seguida, mas ainda aguarda acesso ao processo para se posicionar”.
Perguntinha óbvia: por que, nos outros casos, não é preciso “aguardar o processo para se posicionar”? Nota: o petista foi indiciado pela Polícia Federal por estelionato, peculato e formação de quadrilha.
O que é o PAA?
Vocês querem saber o que é o PAA? Vejam na página do Ministério do Desenvolvimento Social. Reproduzo trecho (em vermelho). Volto em seguida.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma das ações do Fome Zero e promove o acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar e promove a inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.
O PAA também contribui para a formação de estoques estratégicos e para o abastecimento de mercado institucional de alimentos, que compreende as compras governamentais de gêneros alimentícios para fins diversos, e ainda permite aos agricultores familiares que estoquem seus produtos para serem comercializados a preços mais justos.
O Programa propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais. Os produtos são destinados a ações de alimentação empreendidas por entidades da rede socioassistencial; Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição como Restaurantes Populares, Cozinhas Comunitárias e Bancos de Alimentos e para famílias em situação de vulnerabilidade social. Além disso, esses alimentos também contribuem para a formação de cestas de alimentos distribuídas a grupos populacionais específicos.
(…)
Voltei
Não é bacana? Como se nota, enfiar a mão em grana, nesse meio, significa, literalmente, roubar comida da boca das criancinhas e dos miseráveis.
Faça aí uma memória dos escândalos mais recentes. Boa parte deles se dá justamente em programas de assistência social, que criam o ambiente ideal para a ação de larápios. Afinal, quem pode ser contra a compra de comida para quem tem fome? Como exigir que se faça licitação disso ou daquilo se existe a desculpa na ponta da língua: “Estamos comprando diretamente dos produtores, eliminando atravessadores”?
É claro que os pobres brasileiros precisam da ação assistencial do estado. Mas de qual? Do que se deixa infiltrar por gente que, literalmente, tira a comida da boca dos infantes?