Senadores do PT se articulam em defesa de Mercadante
Por Andrea Jubé Vianna, da AgÊncia Estado. Volto em seguida: A bancada do PT no Senado se articulou para abafar a repercussão das denúncias contra o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Os petistas apostam no silêncio da oposição, que ainda não levantou a polêmica na Casa, e na disposição de falar do ministro. […]
Por Andrea Jubé Vianna, da AgÊncia Estado. Volto em seguida:
A bancada do PT no Senado se articulou para abafar a repercussão das denúncias contra o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Os petistas apostam no silêncio da oposição, que ainda não levantou a polêmica na Casa, e na disposição de falar do ministro. A estratégia é levá-lo à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima semana, considerada um foro seguro e oportuno à defesa do ministro.
A ideia é transformar a audiência pública para a qual Mercadante foi convidado a apresentar o plano de inovação em ciência e tecnologia 2011-2014 num palanque para a defesa do ministro. A avaliação é de que Mercadante será bem acolhido na Casa, onde cumpriu mandato até 2010 e chegou a presidir a CAE – hoje sob comando do também petista Delcídio Amaral (MS). A audiência está agendada para a próxima terça-feira.
“Ele (Mercadante) quer vir, ele está com vontade de falar. Vai responder o que a oposição lhe perguntar”, relatou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), autor do convite ao ministro, e que conversou por telefone com o correligionário. Segundo Farias, Mercadante afirmou que deseja esclarecer os novos fatos sobre o “dossiê dos aloprados” revelados pela revista Veja e responder a todas as perguntas da oposição sobre o caso.
“Ele passou por todas as baterias, foi absolvido em todas as instâncias judiciais”, argumentou o senador Walter Pinheiro (PT-BA), lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o processo que investigava o envolvimento de Mercadante na compra de um dossiê contra o tucano José Serra nas eleições de 2006. “Ele está muito tranquilo”, concluiu.
Escaldados pelo episódio que levou à derrocada do ex-ministro Antonio Palocci, os petistas consideram que o silêncio sobre as denúncias não é a melhor estratégia. Ponderam que Palocci decidiu falar tarde demais e, portanto, aconselharam Mercadante a não se calar. Ontem, Mercadante declarou, durante um evento em Fortaleza, que está disposto a “participar de qualquer foro em qualquer momento” para debater o assunto.
Reportagem da revista Veja apontou o ministro como um dos mentores da compra de um dossiê contra o tucano José Serra em 2006. O episódio ficou conhecido como “dossiê dos aloprados”. Em entrevista, Expedido Veloso, um dos petistas envolvidos no caso, afirmou que o ministro era responsável por arrecadar parte do R$ 1,7 milhão que seria usado para a compra de informações e acabou apreendido pela Polícia Federal (PF) às vésperas da eleição.
Comento
Eles não se cansam de falar sobre o Surpremo, e eu nao me canso de lembrar que a decisão do tribunal é anterior à confissão de Expedito Veloso.