A Folha publica nesta terça um ranking muito interessante (ver abaixo gráfico elaborado pelo jornal), que poderia ser chamado de “Índice de Eficiência dos Partidos”. Nesse caso, considera-se não as cidades conquistadas, mas a percentagem de sucesso em relação aos candidatos lançados. Se o PSDB é a legenda que mais cresceu em número de prefeituras, que vai administrar a maior fatia do eleitorado brasileiro (23,9%) e que vai gerir a maior receita (mais de R$ 160 bilhões ao ano), é também aquela que obteve a maior taxa de sucesso: conseguiu eleger 46,7% dos candidatos que lançou. Em segundo lugar, vem o PMDB, com 44,8%. Na sequência, estão PP (43,3%), PSD (40,5%) e PR (39,6%).
Isso significa que 1.719 tucanos disputaram a eleição, com 803 vitoriosos. O PMDB continua a ter uma musculatura invejável: lançou 2.319 nomes e conquistou 1.038 cidades. O PT, que foi esmagado nas urnas, elegendo apenas 254 prefeituras, lançou um número menor de candidatos do que em jornadas anteriores, mas, ainda assim, em quantidade considerável: 980. Sua taxa de sucesso foi magra: de apenas 26%, o que o colocou em 13º lugar.
Também nesse ranking, um mico mais uma vez se alevanta, apesar do prestígio quase metafísico de que ainda goza na imprensa. Do conjunto de 31 partidos, a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, conquistou, atenção!, apenas 4,5% das prefeituras que disputou. Como o partido vai administrar sete cidades, isso implica que a legenda deve ter conseguido se estruturar em 155. Ora, ora! A sempre opiniática Marina Silva conseguiu fazer com que a sua pretensiosa Rede disputasse a eleição municipal em apenas 2,7% dos municípios brasileiros, elegendo prefeitos em 0,12% deles! Um portento! Coisa de nanico!
E o PSOL, que, a julgar por certa imprensa, está prestes a tomar o lugar do PT como a alternativa à esquerda? Elegeu, ora vejam, prefeitos em 0,5% dos municípios que disputou. Fabuloso! Como ficou com duas prefeituras, deve ter se apresentado, pretensioso que é, em 400 cidades. Entendi: o PSOL gosta de disputar, ainda que o eleitor não tome conhecimento de sua existência. A realidade do país, infelizmente, ainda está bem distante daquela vivida pelos ricos da Zona Sul do Rio, que estão de tal sorte seguros dos seus privilégios que se dão ao luxo de ser socialistas.
Eis aí, em números, o que é o tal crescimento do PSOL. Eis aí em números o que Marina colheu com a guinada à esquerda dada por sua Rede e com sua militância contra o impeachment.
Daqui a pouco os marineiros farão como os esquerdistas do Rio: começarão a brigar com os eleitores.