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Presidente do Cade é militante do PT há 13 anos

Escrevi nesta quarta um post sobre os males que o aparelhamento do estado causa ao Brasil. Não se trata apenas de esse processo privilegiar um partido — o PT. O que se tem é uma degradação da própria democracia. Vejamos o caso do tal Vinícius Carvalho, chefão do Cade. Para todos os efeitos, ele já estava desligado […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h19 - Publicado em 25 set 2013, 20h47
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  • Escrevi nesta quarta um post sobre os males que o aparelhamento do estado causa ao Brasil. Não se trata apenas de esse processo privilegiar um partido — o PT. O que se tem é uma degradação da própria democracia.

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    Um pouco de humor? Será que o fato de usar barbicha e gravata vermelha significa? Significa!

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    Vejamos o caso do tal Vinícius Carvalho, chefão do Cade. Para todos os efeitos, ele já estava desligado do PT havia muito tempo. Pois bem… O que descobre Felipe Frazão, em reportagem da VEJA.com? Isso não é verdade. Ao contrário: mesmo depois de o partido ter atualizado o seu cadastro, lá está Carvalho, com a ficha válida e quente. É, portanto, militante petista. E há 13 anos! Considerando os eventos do Cade nos últimos meses, isso não surpreende ninguém. Leiam trecho da reportagem. Volto depois. 
    *
    Além de ter trabalhado para um deputado petista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o atual presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, é militante do Partido dos Trabalhadores (PT) há 13 anos. Carvalho filiou-se ao PT da capital paulista no dia 10 de abril do ano 2000, de acordo com dados oficiais da Justiça Eleitoral.

    O presidente do Cade mantém sua filiação ativa e está com registro regular no diretório municipal da legenda, segundo consta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os partidos atualizam a relação de filiados duas vezes por ano. A lista em vigor foi enviada pelo PT ao TSE em 19 de abril. A Assessoria de Comunicação do Cade disse, porém, que Carvalho “já se desfiliou do PT há muitos anos”.

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    O Cade, responsável pela regulação econômica no país, atua na investigação de um cartel de empresas que fraudou licitações no sistema metroferroviário de governos do PSDB, em São Paulo, e do DEM, em Brasília. O cartel foi denunciado originalmente pelo deputado estadual Simão Pedro (PT) – de quem Carvalho foi chefe de gabinete entre março de 2003 e janeiro de 2004 – ao Ministério Público paulista. No entanto, o caso só foi confirmado em maio deste ano, quando a multinacional alemã Siemens firmou um acordo de leniência e delatou o funcionamento do esquema ao Cade. Carvalho já estava na presidência.

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    O secretário da Casa Civil do governo paulista, deputado Edson Aparecido (PSDB), saiu em defesa das gestões tucanas em agosto e acusou o Cade de ser “instrumento de polícia política” e de fazer “vazamento seletivo” de informações à imprensa.

    À época, o Cade negara ao governo paulista acesso à cópia da documentação apreendida em cerca de vinte empresas integrantes do cartel e dos termos do acordo de leniência. A Justiça Federal liberou, mais tarde, parte da documentação aos procuradores do estado. Eles entraram com pedido de ressarcimento aos cofres públicos contra a Siemens na Justiça estadual.

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    Carvalho é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e tem dois doutorados: em Direito Comercial pela USP e em Direito Comparado pela Universidade Paris I (Panthéon-Sorbonne). Antes de presidir o Cade, trabalhou como conselheiro do Cade e assessor da presidência do órgão, assessor legislativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, chefe de gabinete na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e secretário da Secretaria de Direito Econômico, no Ministério da Justiça. As informações são do currículo profissional de Carvalho, enviado pela ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman em maio de 2012 – época em que o petista foi indicado à presidência do conselho.

    Ele omitiu, no entanto, no currículo entregue aos senadores o trabalho como assessor legislativo na chefia de gabinete do deputado estadual Simão Pedro. Questionado, afirmou ter sido um “lapso”.
    (…).

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    Caso Dilma seja reeleita, ela poderia entregar também a PF e a Abin a militantes ativos do partido.

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