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Reinaldo Azevedo

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Jaques Wagner decide financiar um museu em homenagem a um homicida que defendia o terrorismo e execuções sumárias

O governador Jaques Wagner é mesmo um homem generoso… com o dinheiro alheio! Repassou R$ 120 mil para Daniela Mercury — a antropófaga — participar da Parada Gay de São Paulo. Aquela senhora decidiu sair do armário, e Wagner achou que era o caso de estatizá-la. O Bahia tem, assim, salvo desinformação da minha parte, a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h04 - Publicado em 8 jun 2013, 06h16
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  • O governador Jaques Wagner é mesmo um homem generoso… com o dinheiro alheio! Repassou R$ 120 mil para Daniela Mercury — a antropófaga — participar da Parada Gay de São Paulo. Aquela senhora decidiu sair do armário, e Wagner achou que era o caso de estatizá-la. O Bahia tem, assim, salvo desinformação da minha parte, a primeira lésbica estatal do mundo. Wagner é um homem bom. Em 2011, cerca de três mil sem-terra invadiram a Secretaria de Agricultura da Bahia. O estado mandou instalar banheiros químicos no local, e o governo comprava 600 quilos de carne para alimentar a tigrada. Agora, ficamos sabendo de mais uma bondade. O estado decidiu bancar um museu em homenagem ao terrorista Carlos Marighella.

    O nome do troço é “Museu da Resistência”. O chefão da ALN (Ação Libertadora Nacional), um dos grupos terroristas mais violentos que tentaram promover a luta armada no Brasil, torna-se, assim, um herói oficial. Já foram gastos R$ 200 mil no projeto. Leio na Folha:

    “O governo da Bahia cedeu dois sobrados no Pelourinho para o projeto, mas o desejo da família do ex-militante do Partido Comunista Brasileiro é que a casa onde ele viveu até os 23 anos, também no centro histórico da cidade, seja integrada ao espaço.”

    Então… Que coisa bonita!

    Para estar completo, o museu tem de ser a foto e a história dessas pessoas:
    – José de Carvalho
    – Guido Boné
    – Natalino Amaro Teixeira
    – José Getúlio Borba
    – Newton de Oliveira Nascimento
    – José Armando Rodrigues
    – Bertolino Ferreira da Silva
    – Sylas Bispo Feche
    – Iris do Amaral
    – Walter César Galleti
    – Mário Domingos Panzarielo
    – Sílvio Nunes Alves
    – Manoel Henrique de Oliveira

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    Quem são esses? Indivíduos que foram assassinadas nos covardes atos terroristas da ALN. Suas respectivas famílias não recebem pensão nenhuma, e ninguém vai se lembrar de erguer um museu para eles. Museu, na Banânia contemporânea, é só  para algozes.

    Espero que a casa em homenagem ao terrorista também traga trechos de seu “Minimanual da Guerrilha Urbana”. O herói que agora ganha museu recomendava a seus militantes que armassem emboscadas. Leiam:

    Emboscada
    As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha. O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.

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    As emboscadas para deter trens de passageiros são para propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo é de eliminar o inimigo e tomar suas armas. O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal especialmente para as emboscada porque pode se esconder facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido. As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo, deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

    Mas isso, para ele, era pouco. Defendia a ação terrorista, que, segundo dizia, enobrece e honra. Mais um trecho:
    A acusação de “violência” ou “terrorismo” sem demora tem um significado negativo. Ele tem adquirido uma nova roupagem, uma nova cor. Ele não divide, ele não desacredita, pelo contrário, ele representa o centro da atração. Hoje, ser “violento” ou um “terrorista” é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada, porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta armada contra a vergonhosa ditadura militar e suas atrocidades.

    Com Marighella, não tinha esse papo de anistia, não! Ele defendia execuções sumárias mesmo. Mais um pouco:
    Execuções
    Execução é matar um espião norte-americano, um agente da ditadura, um torturador da policia ou uma personalidade fascista no governo que está envolvido em crimes e perseguições contra os patriotas, ou de um “dedo-duro”, informante, agente policial, um provocador da policia.
    Aqueles que vão à polícia por sua própria vontade fazer denúncias e acusações, aqueles que suprem a polícia com pistas e informações e apontam a gente, também devem ser executados quando são pegos pela guerrilha.

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    A execução é uma ação secreta na qual um número pequeno de pessoas da guerrilha se encontram envolvidos. Em muitos casos, a execução pode ser realizada por um franco atirador, paciente, sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a sangue frio.

    Encerro
    Acima, vai a têmpera do herói…

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