Xiii….
O esquerdista Ollanta Moisés Humala Tasso tomou posse nesta quinta como o novo presidente do Peru. Durante a campanha, o militar nacionalista de retórica golpista passou a falar uma linguagem moderada. No segundo turno, recebeu o apoio de Vargas Llosa, que o preferiu a Keiko Fujimori. O troglodita bolivariano teria passado a reconhecer os valores da democracia. Será?
Leiam isto:
“Juro pela pátria que exercerei fielmente o cargo de presidente da República, que me confiou a nação, pelo período de 2011 a 2016, e que defenderei a soberania nacional, a ordem constitucional e a integridade física e moral da República e suas instituições democráticas, honrando o espírito, os princípios e os valores da Constituição de 1979″.
Belas palavras, não é mesmo? Nem diga!
Ocorre que a Constituição em vigência no país não é a de 1979, mas a de 1993, que foi votada no governo Fujimori. E daí? É a que está em vigência, que garante a legalidade do país e sob a qual, diga-se, o próprio Humala foi eleito. A oposição obviamente protestou.
Digam-me cá: que diabo de “democrata” é esse que jura fidelidade a uma Constituição que não está em vigência — e, pois, desrespeitar a que está? O prenúncio é péssimo. Vamos ver o que vem pela frente.