A secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, está no Brasil. A agenda inclui isso e aquilo, mas só um assunto é importante: o apoio incondicional — e, por enquanto, é INCONDICIONAL — do Brasil ao programa nuclear iraniano, que se dá, na prática, ao arrepio de qualquer controle internacional, especialmente da agência da ONU que cuida do assunto.
Celso Amorim, o Megalonanico, faz crer que sua escolha estratégia é superior àquela feita pelos Estados Unidos. Argumento-guia: isolar o Irã seria pior. Há tempos se joga mansamente com o governo iraniano, e a situação só piorou. Desde que o Brasil surgiu no cenário internacional como o grande aliado de Mahmound Ahmandinejad, quais foram os sinais de boa vontade emitidos pelo regime? Repressão implacável da oposição, execução e assassinado de dissidentes, prisão de pessoas que se opõem à face mais brutal do regime, a exemplo do cineasta Jafar Panahi — sua mulher e sua filha foram detidas junto. No Irã é assim: prende-se logo a família inteira… E, sinal mais evidente da inutilidade do “diálogo com o Brasil”, o Irã anunciou o avanço de seu programa nuclear. Há dias, Ahmadinejad esteve na Síria e reiterou o seu desejo de destruir Israel.
Essa é a verdadeira agenda de Hillary no Brasil. Em maio, Lula vai ao Irã. Mais uma ditadura no currículo deste colecionar de facínoras em que ele se transformou.