GOVERNO LULA É “NEUTRO” SOBRE UM MOVIMENTO QUE SEQÜESTRA E DEGOLA
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) seqüestraram e degolaram o governador do Departamento de Caquetá, Luís Fernando Cuéllar. Não que pessoas decentes tenham qualquer dúvida sobre o caráter terrorista das Farc, mas o episódio serve para lembrar mais uma vez quem é e o que pensa aquela gente. E evidencia por que a Colômbia […]
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) seqüestraram e degolaram o governador do Departamento de Caquetá, Luís Fernando Cuéllar. Não que pessoas decentes tenham qualquer dúvida sobre o caráter terrorista das Farc, mas o episódio serve para lembrar mais uma vez quem é e o que pensa aquela gente. E evidencia por que a Colômbia precisa da colaboração internacional — no caso, americana. Além das Farc, ali do lado está o aliado dos narcoterroristas, Hugo Chávez, que tem em postos-chave das Forças Armadas pessoas acusadas de envolvimento com os terroristas do país vizinho e com o tráfico de armas.
Lembram-se de Raúl Reyes, o pançudo que morreu no ataque que a Colômbia fez a uma base das Farc no Equador? Ele tinha um computador. Lá estão registrados as promessas dos delinqüentes venezuelanos de que as Farc receberiam bazucas. E receberam. As armas pertenciam ao Exército da Venezuela.
Fiz a digressão, mas não me desviei. Cito o caso do justificado ataque da Colômbia ao acampamento do Equador porque me lembrei da indignação de Marco Aurélio Top Top Garcia. Indignação com o Equador, que acoitava narcoterroristas??? Claro que não!!! Ele condenava a… Colômbia. À época, concedeu uma entrevista ao jornal francês Le Figaro. Traduzi aqui. Vejam o que o governo Lula pensa das Farc, companheira do PT no Fórum de São Paulo:
Le Figaro – Que impacto terá a morte de Raúl Reyes para a libertação dos refèns ?
Top Top – De imediato, fiquei bastante apreensivo, mas as Farc disseram que sua morte não criará obstáculos à busca de um acordo humanitário. Tecnicamente, ela [a morte] pode criar alguns problemas: eu mesmo estava no terreno [de batalha], no fim de dezembro, quando as Farc retardaram a primeira libertação de reféns por causa da operação militar das Forças Armadas colombianas. Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar. A Colômbia expressa o desejo de não querer internacionalizar seu conflito com as Farc, mas, de fato, ele já tem repercussão internacional. Há a mediação do presidente Hugo Chávez da liberação de reféns, a vontade declarada da França de se engajar. No fim do ano passado, o presidente Uribe aceitou a atuação de um grupo de países amigos, especialmente o Brasil.
O governo Lula é neutro sobre um movimento que degola pessoas. É? Então, na prática, apóia as Farc, seus campos de concentração e suas degolas.