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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Esta capa completa um mês hoje. E aí?

Faz um mês hoje que a edição nº 2010 de VEJA começou a chegar aos assinantes e às bancas com as estranhas histórias de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Faz um mês que a Casa, paralisada, espera um desfecho. Está, para usar a linguagem dos próprios colegas de Renan, sangrando. Não faltou a Renan […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h21 - Publicado em 26 jun 2007, 17h11

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Faz um mês hoje que a edição nº 2010 de VEJA começou a chegar aos assinantes e às bancas com as estranhas histórias de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Faz um mês que a Casa, paralisada, espera um desfecho. Está, para usar a linguagem dos próprios colegas de Renan, sangrando. Não faltou a Renan a boa vontade dos seus pares. Faltou-lhe foi uma história convincente. Vimos também um tanto de aposta desastrada: “Ah, isso não vai dar em nada; logo passa”. Não foi bem assim. Hoje, o Conselho de Ética tem número para absolver o presidente da Casa. Não tem é coragem.

O senador aprendeu depressa com seus “companheiros” do PT. Observem qual tem sido o seu padrão de conduta:
– nega qualquer irregularidade, contra as evidências;
– apresenta provas que não se sustentam;
– acusa uma conspiração.

E pronto. Agora, diz que há um verdadeiro “esquadrão da morte” a persegui-lo. Refere-se ao PSOL, que decidiu lançar a campanha “Fora Renan”, que até pode emplacar. Não porque este partido tenha lá grande aceitação da sociedade. Mas porque Renan tem tudo para ser uma boa causa.

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Ora, vocês se lembram de qual era o roteiro inicial da trama. Resolver tudo em uma semana, aprovando o relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), tirando o problema da frente. A VEJA e o Jornal Nacional atrapalharam os planos da turma do deixa-disso. O Conselho de Ética se reúne amanhã, às 13h30, para, imaginem só, tentar encontrar um relator para o caso, o que é difícil. Ninguém quer.

Vejam que fabulosa impostura! Ainda hoje, a absolvição de Renan, na base do voto secreto, é dada como muito provável. Compreende-se: os senadores não precisam pôr o seu nome no malefício. Votam na surdina e saltam de banda. Com o relator, é diferente. O eventual pedido de absolvição se cola à biografia. O Homem Chamado Cafeteira era perfeito para a tarefa. É bem provável que este seja seu último mandato. Ele não tem futuro político, só passado, e o relatório pró-Renan não seria mácula nenhuma, mas troféu. Ocorre que boa parte dos senadores, mesmo os governistas, ainda tem ambições. Ninguém quer arcar com o peso do cadáver adiado.

É mais fácil denunciar conspirações do que explicar o inexplicável.

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