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Reinaldo Azevedo

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E Janio de Freitas, mais uma vez, tenta livrar a cara de José Dirceu! Desta vez, sem temer o ridículo!

E o colunista Janio de Freitas, da Folha, segue firme no intento de tentar livrar a cara de José Dirceu no processo do mensalão. Não é a primeira vez que o faz, não. No dia 24 de junho, ele já havia lançado a tese de que o julgamento resume um confronto entre progressistas (os mensaleiros […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h20 - Publicado em 22 jul 2012, 08h15
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  • E o colunista Janio de Freitas, da Folha, segue firme no intento de tentar livrar a cara de José Dirceu no processo do mensalão. Não é a primeira vez que o faz, não. No dia 24 de junho, ele já havia lançado a tese de que o julgamento resume um confronto entre progressistas (os mensaleiros petistas) e os conservadores… Eu o contestei aqui e fui censurado por alguns amigos: “Pô, Reinaldo, você deve ser a única pessoa que ainda lê Janio de Freitas…” Deve ser quase verdade. É que uma besteira é uma besteira ainda que guardada na gaveta, né? Sigamos.

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    Ele continua firme na tese da luta dos “progressistas contra os conservadores”. Leiam este trecho notável da coluna de hoje. Volto em seguida.

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    “Não há dúvida de que Dirceu foi o estrategista político da eleição e da linha programática do governo Lula. Disso há comprovações. Mas de que, depois, chefiasse “a quadrilha” que montou as artimanhas financeiras, não há evidência. Por que não teria sido Antonio Palocci, o braço do governo que transacionava com os bancos, e que já na campanha lidara com os interessados na política financeira futura e, no governo, lidava com o setor privado respectivo? Palocci não foi cogitado só por ser útil ao sistema financeiro privado? Do qual hoje é o veloz multimilionário “consultor”? Dedução por dedução, sem evidência, uma valeria o mesmo que a outra.”

    Voltei
    Janio é colunista há muito tempo. O passar dos dias foi fazendo com que perdesse o medo do ridículo. Como Palocci não disputa, à diferença do Zé Caroço, o comando do PT e está, no que diz respeito à política ao menos, por baixo, então por que não tentar demonizá-lo como figura ainda mais deletéria do que Zé Dirceu? Na história da carochinha contada por Janio, Palocci era o homem do sistema financeiro, das grandes transações — em oposição, ora vejam!, a José Dirceu, este, sim, o formulador ideológico, o “estrategista político”.

    Na versão que Janio acabou de inventar, concentrar a acusação em Dirceu, não em Palocci, corresponde a fazer, então, o jogo do mercado financeiro. Uau! Então ficamos assim: Dirceu é o “progressista” (conforme anunciado naquele texto de junho) que resistia aos famigerados “mercados”. Palocci “não foi cogitado”, senhor Janio de Freitas porque, naquela operação, não apareceram as suas digitais, mas as do Zé estavam o tempo todo presentes. Era ele quem, comprovadamente, fazia as negociações com os partidos e com os parlamentares. Simples assim.

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    Mais adiante, Janio indaga:
    “E, mais importante, quem vai repor o dinheirão do Banco do Brasil, proveniente dos descontos no valor de sua maciça publicidade, não repassados ao banco pela agência de Marcos Valério, como obrigado em contrato? A propósito, o Tribunal de Contas da União, com parecer da recém-ministra Ana Arraes, acaba de anular a responsabilidade dos dirigentes do BB comprometidos com aquele desvio. Decisão estranha, por vários aspectos.”

    Que coisa!

    Janio acha estranho? Eu também! Até porque Marcos Valério, com a coordenação de Delúbio Soares, redistribuía a grana aos parlamentares. Se o publicitário não repassou o dinheiro que tinha de repassar ao Banco do Brasil, mas entregou à patota, Janio certamente conseguirá somar dois mais dois e concluir que parte do dinheiro do mensalão saiu do… Banco do Brasil! Ainda que tudo fosse apenas “caixa de campanha”, tratava-se de roubo de dinheiro público.

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    O relatório eticamente criminoso de dona Ana Arraes e aceito pelos demais ministros do TCU só demonstra que o mensalão ainda não morreu de todo; continua a gerar frutos negativos. O que Janio acha “estranho”? Tudo foi feito, companheiro, para proteger os chamados (por você!!!)  “progressistas”… E “progressistas”, a gente sabe, rouba dinheiro público por bons motivos: para combater os reacionários, o sistema financeiro, o imperialismo e o Lobo Mau!

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