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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Dona Landau volta à carga. Mais uma resposta e chega! Já dei visibilidade ao mais notável trabalho desta nova fase da Fundação Teotônio Vilela, do PSDB!

Elena Landau, a presidente do Instituto Teotônio Vilela-RJ — mas pessoa que comanda de fato o ITV nacional —, resolveu me atacar numa mensagem no Twitter. Leitores me dizem que não é de hoje, que está nessa faz tempo. Nunca soube. Ignorava até que ela estivesse por aí. Essa gente é de tal sorte irrelevante […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h27 - Publicado em 7 set 2013, 06h55

Elena Landau, a presidente do Instituto Teotônio Vilela-RJ — mas pessoa que comanda de fato o ITV nacional —, resolveu me atacar numa mensagem no Twitter. Leitores me dizem que não é de hoje, que está nessa faz tempo. Nunca soube. Ignorava até que ela estivesse por aí. Essa gente é de tal sorte irrelevante no debate que esquecemos que existe. Foi coisa gratuita, do nada. Nem sei por que ela não gosta de mim. Pode ter dezenas de motivos, e eles não me interessam. O fato é que sou mais conhecido — pelos que conhecem… — por aquilo que escrevo. Como ela diz que não me lê, pode ser preconceito contra corintiano, por exemplo, já que ela, na sua longa trajetória político-intelectual, se tornou notável mesmo por ser botafoguense. Meu lado piadista, por exemplo, ela ainda não experimentou. Mas me contenho, embora pudesse ser um banquete. Respondi à agressão. Ela voltou ao Twitter. Estou decepcionado. Achei que pudesse dar mais combate. Mas quê. Escrevo mais este post e acho que está bom — não que não possa me entregar ao lirismo se ela tocar minha veia poética. Vamos ver.

Ela se mostra feliz com a polêmica porque diz que posso contribuir para aumentar o número de seus seguidores no Twitter. Atenção! Esta senhora tem 55 anos e é considerada hoje uma pensadora do PSDB. Leiam.

KKK? A neopensadora do PSDB escreve “KKK”??? Vai além. Diz que supus uma briga entre ela e José Eduardo Dutra. Vejam.

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Landau não me conhece. Eu jamais especulo sobre afinidades eletivas. Só me interessam, no debate político e público, as questões que são políticas e públicas. Não imaginei nada. Se, por distração do espírito, ocorre-me pensar na vida privada das pessoas (só me interessam a minha e a da minha família), fico constrangido. Devo até ficar vermelho.

Esta senhora afirma ainda que tentei lhe dar aula de tolerância, justo eu etc. e tal. Sim, é mais uma prova de que não lê o que escrevo e que reproduz, na sua ligeireza tola, o que pensam de mim aqueles que me detestam, justamente as correntes organizadas da Internet, das quais, diga-se, o seu partido é uma das vítimas. Exibe sinais, no entanto, de que poderia, estivesse no lugar delas, fazer a mesma coisa. Chega a ironizar um petista (ou o próprio Dutra, não fica claro) por ler o que escrevo. Eis aqui

Se dona Landau chegar ao poder, já sabemos qual será a orientação oficial: as pessoas de um partido ou de uma ideologia só lerão textos que endossam aquele partido e aquela ideologia. Trata-se de um notável apelo à intolerância — justamente ela, ora vejam!, que me acha intolerante, embora assegure que não me lê. Se dirigir assim o ITV-RJ (e todo o instituto), o PSDB está feito. Mas isso é lá com ela e com seus pares emplumados. Em tempo: uma parte dos meus leitores é, sim, petista — ou, mais amplamente, de esquerda. Como eles não encontram uma crítica contundente ao que fazem nem no site do ITV nem no do PSDB, acabam vindo aqui… Onze anos no poder sem ter contra quem lutar pode tornar a vida um pouco aborrecida. Como o povo não dá pelota para o administrativismo sem imaginação de boa parcela dos tucanos, aí os petistas acabam vindo ao meu blog em busca de um pouco de emoção. O que eu posso fazer? 

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Sigamos. Quando eu a chamei de intelectual e coisa e tal, é evidente que eu estava fazendo uma ironia. Mas parece que ela levou a sério e, modesta, diz que isso é carga demais pra ela. Olhem que pitoresco!

Elena, eu estava brincando. Se ironia tivesse cor, não poderia ser verde no Brasil, ou haveria uma monte de gente empanturrada.

Serra
Mas é no capítulo José Serra que as coisas ficam realmente interessantes. Ela acabou se dando conta da bobagem que fez e tentou encontrar uma saída, contra o que está escrito. Depois de me atacar gratuitamente, do nada, respondeu ao petista Dutra, seu parceiro de conversa, que eu não era tucano, mas serrista,  ficando evidente que este seria mais um defeito meu associado a outros tantos. Mas ela foi mais longe. Vamos recuperar. Aqui ela diz os respectivos nomes das pessoas que não segue para “não perder tempo”. Só fica sabendo do que escrevem quando as coisas chegam retuitadas à sua tela. Vejam.

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Leram? E diz que o mesmo acontece em relação a Serra. Logo, considera que lê-lo é uma perda de tempo.

Dona Landau trabalha para Aécio, como ela mesma confessou, mas hostiliza um jornalista porque, segundo ela, “não é tucano, mas Serra” e, numa conversa com um petista, diz que ler o que escreve o ex-governador é perda de tempo. Na sua clarividência, deve ser seu jeito de contribuir para a paz no PSDB. Aí ela voltou ao Twitter para escrever esta maravilha.

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Grande Elena Landau! Ela demoniza um jornalista porque o considera próximo (se o PSDB chegar ao poder, sugiro que se candidate a chefe da Abin..) a Serra, diz não seguir o tucano e considera que o que ele escreve é perda de tempo. Mas, é claro, assegura, ele sabe que ela o adora. Huuummm… Parece, então, que os amigos de Elena Landau devem levar a sério esta máxima: “Que Deus me proteja dos meus amigos; dos inimigos, cuido eu…”. Não satisfeita, jogou uma outra pérola, que, para mim, tem ecos verdadeiramente bíblicos.

Entendo. Não vou fazer pesquisa, mas acho que dona Landau trabalhou no BNDES quando o ministro do Planejamento era seu “amigo” Serra, bastante poderoso então. Esse mesmo Serra ocupou outras posições de poder, e não consta que ela o tenha atacado. Mas, no momento, ela trabalha para Aécio, como deixa claro. Que Deus proteja seus amigos, é o que me ocorreu dizer.

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Para mim, chega! Se sou serrista ou não, isso diz respeito à minha consciência e, como vivo do meu trabalho, aos meus leitores. Eles sabem o que pensa o ex-governador e o que eu penso. O juízo desta senhora me é irrelevante. Uma coisa é certa: posições de poder deste ou daquele não determinam minhas afinidades. Fosse assim, eu teria sido puxa-saco de todos os governos, inclusive do governo FHC, como vejo muitos por aí. Mas fui crítico de todos eles, inclusive do governo FHC. Já está bom! Como não me lia, ela nem sabia direito por que não gostava de mim. Provavelmente, era por conta do que os que também não gostavam diziam. Agora ela já tem um motivo. Como há muitos milhares que gostam, o amor de dona Landau não me faz falta. Os minutos de atenção que lhe dispensei, contribuindo, para a sua felicidade, para aumentar seus seguidores no Twitter, se devem a uma questão, reitero, que é de natureza pública: ela é hoje um dos formuladores de uma das alternativas de poder no Brasil.

Que importância tem isso tudo? De fato, nenhuma! Só resolvi dar visibilidade ao trabalho mais notável da atual fase da Fundação Teotônio Vilela.

Ah, sim! Comentem com calma e moderação. Respeitem as minorias.

Texto publicado originalmente às 4h39
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