Dirceu é condenado pela segunda vez na Lava Jato
Na mesma ação penal, Moro condenou o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque por ter intermediado o acerto que beneficiou José Dirceu
O juiz Sergio Moro condenou hoje o ex-ministro José Dirceu a 11 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras. Essa é a segunda sentença de Dirceu na Lava Jato, condenado no ano passado a 23 anos de prisão.
O ex-ministro e seu grupo receberam R$ 2,1 milhões em propinas para favorecer a contratação pela Petrobras da empresa Apolo Tubulars, com apoio de Renato Duque, então diretor de Serviços da estatal, indicado pelo Partido dos Trabalhadores. Na mesma ação penal, Duque foi sentenciado a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção passiva.
O irmão de Dirceu, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, foi condenado 6 anos e 8 meses de prisão também por corrupção e lavagem. Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, executivos da Credencial Construtora, por corrupção passiva e associação criminosa, ambos a oito anos e nove meses de prisão.
Ao todo foram sete réus denunciados, dos quais Moro absolveu dois, Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares e Carlos Eduardo de Sá Baptista.
Dirceu está preso desde agosto de 2015, quando passou a ser investigado na Lava a Jato por negociações com Construtora Engevix. Na ocasião, cumpria prisão domiciliar pelos crimes do Mensalão.