Dilma recorre ao Twitter para dizer irrelevâncias sobre Maranhão — além de distorcer a verdade
A presidente Dilma Rousseff — ou melhor: a equipe que cuida do assunto — recorreu ao Twitter para se pronunciar, pela primeira vez, sobre a tragédia no Maranhão. Escreveu estas irrelevâncias. Como se vê, a turma do marketing optou por fazer de conta que tudo está resolvido, que a governadora Roseana Sarney (aquela que acha […]

A presidente Dilma Rousseff — ou melhor: a equipe que cuida do assunto — recorreu ao Twitter para se pronunciar, pela primeira vez, sobre a tragédia no Maranhão. Escreveu estas irrelevâncias.
Como se vê, a turma do marketing optou por fazer de conta que tudo está resolvido, que a governadora Roseana Sarney (aquela que acha que o Maranhão se tornou violento porque enriquece) está no comando da situação e que, afinal, as coisas não são assim tão graves porque situações similares já teriam acontecido em outros estados.
Já demonstrei aqui, com números, que se trata de uma falácia. O Maranhão tem uns 5.500 presos, não mais do que isso. Há muitos anos a situação está fora do controle. Relatórios do CNJ apontavam o descalabro. O governo não se mexeu.
No Twitter de Dilma, nem mesmo o lado humanitário: poderia, ao menos, ter se solidarizado com a família na menina Ana Clara. Nada disso. Quando houve a desocupação do Pinheirinho, sem mortes nem feridos graves, em São Paulo, Dilma mandou Gilberto Carvalho anunciar que ela achava uma “barbárie”.
Barbárie que, agora, ela não vê no Maranhão. É bem possível que essa estupidez das elites dirigentes não seja característica exclusiva do Brasil. Uma coisa, no entanto, é certa: é coisa rara no mundo.
A foto, vejam na home, de José Eduardo Cardozo a acompanhar, mudo como estátua, as barbaridades que dizia Roseana é um bom emblema da miséria moral brasileira, de novo ilustrada com essas intervenções no Twitter.